sábado, 31 de maio de 2008

Esses Pastores...

Crédito: Grupo Cristianismo Pleno
Jehozadak Pereira

Fico pensando o que leva um homem a ser pregador do Evangelho e conseqüentemente um pastor
Hebreus 13:7
Escrevi certa feita o artigo Seu vigário, o gritão, que trata da perseguição que um clérigo católico move contra os crentes em Cristo numa determinada cidade do nordeste brasileiro. Outro dia recebi um e-mail do Pastor F (vou omitir o nome do dileto irmão para a sua segurança), onde ele me contava uma história idêntica de perseguição e pressão por causa da pregação do Evangelho de Jesus Cristo. Fico pensando o que leva um homem a ser pregador do Evangelho e conseqüentemente um pastor. Vocação? Chamado? Dom? Necessidade de ajudar outros? Ser diferente? Entre tantas, outras razões que logicamente não vou enumerar aqui. Por outro lado nestes tempos de `apóstolos, bispos, pastoras', e de homens arrogantes que se dizem `de Deus', que estão mais nas colunas sociais, quando não nas policiais, fico pensando nestes anônimos que a custo da sua vida levam a mensagem de redenção para tantos necessitados.
Vejam bem, um pastor entra em qualquer lugar. Favela, morro, cadeia, penitenciária, hospital, repartição pública, enfrenta tudo e a todos, é respeitado inclusive por bandidos, a qualquer hora do dia, a qualquer dia do mês, em qualquer época do ano. Levam doentes aos hospitais, oficiam velórios, casamentos, apartam brigas de casais, intermediam e intervêm em conflitos variados, aconselham, correm para lá e para cá, e ufa, certamente estarão a postos para pregar a mensagem nas manhãs e noites dominicais. Experimente perguntar ao seu pastor qual foi à agenda da semana passada, e duvido que você agüentaria um terço dos compromissos dele. Igualmente duvido que ele tenha deixado de pregar por causa do cansaço ou de exaustão decorrentes dos seus muitos compromissos.
Pergunte a eles a razão precípua do ministério deles.
Ouse perguntar. Tenho a certeza de que eles responderão que é o amor pelas almas. Pergunte a eles se apesar de todas as dificuldades que passam e enfrentam, se deixariam de pastorear. A resposta certamente seria um NÃO.
Um NÃO bem grande.
Esses pastores...
Muitos destes trabalham sem salário nas suas igrejas. Sofrem injustiças, mas fazem jus ao seu chamado. Outro dia mesmo recebi uma crítica feroz por causa do artigo que citei acima, o missivista dizia que muitos fazem do seu púlpito uma profissão. É lógico que não falei desses mercenários, que se escondem atrás de um título e de um anel, quando lhes falta, sobretudo a vocação. Este texto não é uma exegese, é somente uma opinião que busca homenagear e honrar os verdadeiros homens de Deus, que a despeito de menosprezarem as suas vidas, fazem delas um instrumento a serviço do Reino dos céus.
Tenho profunda admiração e respeito por homens humildes que se dedicam ao santo ministério da pregação do evangelho. Analisem que quanto mais humilde for o homem mais abençoado ele é.
Por isso tudo é que entendo com que dedicação homens como o pastor F, e o meu amigo do nordeste e outros tantos colocam em risco suas carreiras, suas vidas, seu tempo e disposição para o serviço do Mestre amado, e assim, resgatarem outros. Pastores que trocariam tudo por um púlpito e pelas suas ovelhas. Pastores que choram, riem, sofrem, que se alegram, que batalham, lutam em cada momento, que acreditam no que pregam, e que se preciso fosse dariam as suas vidas em troca do que crêem.
Esses pastores...
Homens exemplares dignos de nota e de ser exemplos. Que jamais perdem uma oportunidade sequer de pregar o Evangelho.
Nestes dias em que vemos homens enfatuados que querem ficar ricos no ministério, onde homens humildes e verdadeiramente abençoados são cada vez mais difíceis de se encontrar, vá ao seu pastor e abrace-o, diga-lhe o quanto você o admira e o respeita, diga-lhe o quanto ele é importante, dê a ele um presente, ore a Deus agradecendo pela vida dele, manifeste o seu apreço. E, sobretudo não se esqueça dele.
Dedico este artigo ao meu pai – Pedro A. Pereira, pastor de uma pequena igreja no Rio Vermelho em Florianópolis/ SC, cujo rebanho cresce a cada dia.
Não posso deixar de lembrar destes homens santos que de um modo ou de outro marcaram e marcam minha vida, alguns que sequer conheci ou conheço, mas de quem ouvi falar, e que aprendi a admirar assim mesmo: Pastores Antonio da Conceição Rosa, Antonio Pinto Cavalcante, Vitório Rosa de Lima – meu tio, Jamil Abdalla, Bernard Johnson, Bernard Johnson Junior, Emanuel Woods – todos estes in memorian, Manoel Alves da Silva, Edgar de Souza Brito, Josué Pereira Felix, Samuel Barreto Barbosa, Jamil Abdalla Filho, Cláudio Campi, Samuel Gomes Silva, Paulo Romeiro, Antonio Severino de Barros, Ricardo Sterkernburg, Daniel Elias de Magalhães, Jaime King, Renato Volpi, Domiciano Gonçalves Silva, Carlos Alberto Moraes, Clodoviro Del Corso, David Bennett, Darckson Lira, e entre tantos outros o pastor F.

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