segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Os burros e o mercado de ações

Uma vez, num pequeno e distante vilarejo, apareceu um homem anunciando que compraria burros por R$10,00 cada. Como havia muitos burros na região, os aldeões iniciaram a caçada. O homem comprou centenas de burros a R$10,00, e como os aldeões diminuíram o esforço na caça, o homem anunciou que pagaria R$20,00 em cada burro.
Os aldeões foram novamente à caça, mas logo os burros foram escasseando e os aldeões desistiram da busca. A oferta aumentou então para R$25,00 e a quantidade de burros ficou tão pequena que já não havia mais interesse em caçá-los. O homem então anunciou que compraria cada burro por R$50,00! Como iria à cidade grande, deixaria seu assistente cuidando da compra dos burros.
Na ausência do homem, seu assistente propôs aos aldeões: - "Sabem os burros que o homem comprou de vocês? Eu posso vendê-los a vocês a R$35,00 cada. Quando o homem voltar da cidade, vocês vendem a ele pelos R$50,00 que ele oferece, e ganham uma boa bolada".
Os aldeões pegaram suas economias e compraram todos os burros do assistente. Os dias se passaram, e eles nunca mais viram nem o homem, nem o seu assistente, somente burros por todos os lados.
Entendeu agora como funciona o mercado de ações?

A diferença entre ser sogra do genro, e sogra da nora...!!


Sep 29, '08 5:57 PM
for everyone

Duas senhoras encontram-se, após um bom tempo sem se verem.

Uma pergunta à outra:

- Como vão seus dois filhos... a Rosa e o Francisco?

- Ah! querida... a Rosa casou-se muito bem. Tem um marido maravilhos o. É ele que levanta de madrugada para trocar as fraldas do meu netinho, faz o café da manhã, lava as louças e ajuda na faxina. Só depois é que sai para trabalhar. Um amor de genro! Benza-o, Deus!!!

- Que bom, heim!? E o seu filho, o Francisco? Casou também?

- Casou sim, querida! Mas tadinho dele, deu azar demais. Casou-se muito mal... Imagina que ele tem que levantar de madrugada para trocar as fraldas do meu netinho, fazer o café da manhã, lavar a louça e ainda tem que ajudar na faxina! E depois de tudo isso ainda sai para trabalhar..., para sustentar a preguiçosa da minha nora!!!


Mãe é mãe, sogra é sogra!

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

As tolices de grandes líderes evangélicos com os anticristos


Bispo Manoel Ferreira, Rev. Moon, Frente Parlamentar Evangélica, William Soto Santiago: o que eles têm em comum?

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O presidente da Frente Parlamentar Evangélica no Congresso Nacional, deputado federal João Campos, representou o Brasil na Conferência Internacional de Liderança. Essa conferência, que é parte integrante do Festival Global da Paz, aconteceu em Washington, EUA, de 8 a 11 de agosto de 2008 (http://chrislepel.spaces.live.com/blog/cns!FBBA22DEBC01E2D0!585.entry).
A Conferência Internacional de Liderança e o Festival Global da Paz — que contaram com a presença de João Campos, Apóstolo Doriel de Oliveira e Bispo Manoel Ferreira — estão sob a responsabilidade da Federação para a Paz Universal, que foi fundada pelo Rev. Moon, que se considera o Messias, ou Maitréia da Nova Era.
A conferência de Washington não é o primeiro evento de Moon que o Bispo Manoel Ferreira prestigia. No dia 24 de abril ele esteve na Conferência Internacional de Liderança promovida pela Federação para a Paz Universal (UPF) no Hotel Nacional, em Brasília. Durante a ocasião, ele teve uma importante conversa com o co-presidente da UPF internacional, Dr. Hyun Jin Moon.
Hyun Jin Moon, que é filho do fundador da Igreja da Unificação, explicou como a família Moon trabalha unida por Deus e pela paz e ressaltou a importância da união dos líderes mundiais em um bem comum, sem levar sem distinção de crença e religião.
Ele também disse:
"Por isso estamos aqui, unidos pela mesma fé, dialogando essa paz sem nenhuma barreira e nem acepção. Uma mesma visão, missão e propósito para desvendar os sonhos de Deus para toda a humanidade. Esta mensagem Jesus trouxe há dois milhões de anos e alguma coisa desta mensagem ficou esquecida. Temos que resgatar a esperança".
Segundo seguidores de Moon no Brasil, várias estratégias futuras que Hyun Jin Moon vem pregando para o Movimento da Unificação já foram praticadas e implementadas na Legião da Boa Vontade (LBV), como o "Ecumenismo Total e Irrestrito".
Manoel Ferreira, que é presidente do Conselho Nacional de Pastores do Brasil e deputado federal, se entusiasmou tanto com os contatos com a família Moon que ele declarou no plenário do Congresso Nacional em 6 de outubro de 2008:
"Gostaríamos de mais uma vez exaltar o magnífico trabalho realizado pela Federação para a Paz Universal, a grande aliança global que se vem firmando em torno da construção de um mundo de paz e harmonia, fraternalmente unido em nome de Deus. A Federação para a Paz Universal é uma instituição ligada à ONU, com sede em Nova York, Estados Unidos. A Federação para a Paz Universal busca estabelecer laços cada vez mais consistentes entre as diversas religiões cristãs, para um dia alcançar o sonho maior da Igreja da Unificação. Por outro lado, vem trabalhando incessantemente em favor do diálogo entre todas as crenças, na certeza de que o poder e o amor de Deus transcendem denominações, culturas e credos, e devem constituir a busca primordial de todas as civilizações. É com muita alegria e fé, pois, que assistimos ao sucesso crescente das atividades da Federação, ao redor do globo".
Ele também declarou: "O objetivo [da UPF] é a construção de uma rede global de líderes, que representem a diversidade étnica e religiosa da grande família humana, tendo em vista a superação de barreiras, conflitos e preconceitos, e a consolidação de uma nova era de paz entre todos os povos".
Ele destacou que este ano o Brasil deverá sediar o Festival Global da Paz, com representantes da UPF de todo o mundo. O festival ocorrerá em Brasília, nos dias 5 a 7 de dezembro, e contará com a presença de Ferreira, que ainda disse: "Esse será um evento pela paz, não um evento religioso. Uniremos todo o País em um gesto de paz".
Ferreira, que foi indicado para receber o prêmio Nobel da Paz, procura fortalecer sua indicação unificando forças com personalidades ecumênicas comprometidas numa agenda de harmonia e paz entre todas as religiões e pessoas. Nessa agenda, Israel tem um papel importante.
Não é a primeira vez que importantes integrantes da Frente Parlamentar Evangélica se envolvem com heréticos na questão da paz e Israel. Em 2005, quando se comemorou no Congresso Nacional o reconhecimento pela ONU do Estado de Israel, coube a William Soto Santiago uma participação de destaque. Segundo informação do Jornal Local: "William Soto, representando a comunidade evangélica, usou a tribuna de honra". O mesmo jornal comentou ainda: "William Soto foi convidado especial da Associação Cristã Amigos Brasil-Israel (Haverimbril) , presidida por Pedro Laurindo". Participou também da comemoração o Dep. Pastor Pedro Ribeiro, que ajudou, a pedido de Laurindo, a trazer Soto para o evento no Congresso Nacional.
Pouco depois, a Frente Parlamentar Evangélica se arrependeu de ter dado oportunidade ao "Anjo do Apocalipse", título ostentado por Soto. Reconheceu-se que foi um erro permitir que alguém envolvido em heresias representasse os evangélicos ocupando papel de honra na tribuna do Congresso.
Agora, Soto estará no Encontro Inter Religioso da América Latina e Israel juntamente com Manoel Ferreira e líderes espíritas, budistas, hindus e muçulmanos. O evento, que está sendo apoiado pela Haverimbril, ocorrerá na Capela Ecumênica da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, de 28 a 30 de outubro de 2008. A abertura será feita pelo governador do Rio, Sérgio Cabral, conhecido ativista pró-aborto e pró-homossexualismo.
A Haverimbril mantém fortes laços com os seguidores de Moon, tendo realizado, juntamente com a Federação para a Paz Universal, a I Conferência Brasileira pela Paz. Pedro Laurindo, que foi homenageado em setembro com o título de Embaixador da Paz e Grau de Cavaleiro Comentador da Paz pela Federação para a Paz Universal, se encontra hoje trabalhando como assessor no gabinete do Dep. Pastor Pedro Ribeiro, secretário-geral da Frente Parlamentar Evangélica.
É nesse clima de homenagens envolvendo o tema da paz, Israel, Manoel Ferreira, a Frente Parlamentar Evangélica e a Igreja da Unificação que o Dep. João Campos fez um discurso no plenário do Congresso Nacional em 9 de outubro de 2008. Elogiando a indicação de Ferreira a prêmio Nobel da Paz, ele disse:
"A própria ONU reconhece o papel da religião na promoção da paz, tanto que, desde 2000, com a Cúpula do Milênio de Líderes Religiosos pela Paz Mundial, vem apoiando o diálogo inter-religioso no mundo. Ciente da importância da religião no mundo moderno, o Pastor Manoel Ferreira faz dos valores cristãos o alicerce de sua vida pública, hoje coroada com um mandato parlamentar" .
O que resta aos evangélicos pensar com relação à conduta desses elevados líderes evangélicos? Em entrevista exclusiva ao Blog Julio Severo, Jamierson Oliveira, ex-editor da Revista Defesa da Fé e hoje editor geral Bíblia Apologética de Estudos, comenta:
"Realmente eu não me surpreendo quando vejo esses pastores apoiarem um anticristo como é o líder da Igreja da Unificação, seita que nega as principais doutrinas bíblicas.
Essa realidade triste indica duas coisas: Ou esses líderes não conhecem a Bíblia e são pastores ignorantes sobre as Escrituras Sagradas, que é um absurdo. Ou então eles são pastores conscientemente desobedientes da Palavra, que é um absurdo ainda maior.
Biblicamente não existe comunhão entre a mesa do Senhor e a mesa dos demônios (1 Co 10:14-21), nem entre luz e trevas (2 Co 6:14). Quando fazemos isso desdenhamos da santidade de Cristo e cometemos o pecado de sacrilégio, que a profanação de algo sagrado como o ministério cristão.
A respeito desses líderes, a Bíblia tem uma palavra: "Porque os tais são falsos apóstolos, obreiros fraudulentos, transformando- se em apóstolos de Cristo". Isso demonstra que, de uma perspectiva espiritual, o problema é muito sério!"
Embora a Bíblia contenha avisos fortes contra os anticristos, alguns líderes evangélicos pensam que podem se unir — com a assistência da ONU e seu governo mundial — a eles, aos Maitréias e aos Anjos do Apocalipse para promover a paz em Israel e no mundo. Mas eles não irão longe, "pois que, quando disserem: "Há paz e segurança, então lhes sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto àquela que está grávida, e de modo nenhum escaparão". (1Tessalonicenses 5:3 ACF)


Para saber mais sobre o Rev. Moon, siga estes links:



http://www.cacp.org.br/seitasdiversas/artigo.aspx?lng=PT-BR&article=1282&menu=8&submenu=2
http://www.cacp.org.br/pseudocrista/artigo.aspx?lng=PT-BR&article=392&cont=1&menu=11&submenu=1
Para saber mais sobre William Soto Santiago, siga estes links:
http://www.cacp.org.br/imprimir.aspx?article=398&cont=0&menu=9&submenu=1
http://www.cacp.org.br/entrevistas/artigo.aspx?lng=PT-BR&article=1160&menu=17&submenu=2
Fonte: http://www.juliosevero.com/

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Porque Alexandre era Chamado de "O Grande"

http://lucielaineandreatti.multiply.com/journal/item/99/Pense_nisso...


É por isso que ele era chamado de "O Grande"
Os três últimos desejos de Alexandre o Grande:
1- Que seu caixão fosse transportado pelas mãos dos médicos da época.
2- Que fosse espalhado no caminho até seu túmulo os seus tesouros conquistado, como prata, ouro e pedras preciosas.
3- Que suas duas mãos fossem deixadas balançando no ar, fora do caixão, à vista de todos.
Um dos seus generais, admirado com esses desejos insólitos, perguntou a Alexandre quais as razões desses pedidos e ele explicou:
1- Quero que os mais eminentes médicos carreguem meu caixão para mostrar que eles não tem poder de cura perante a morte.
2- Quero que o chão seja coberto pelos meus tesouros para que as pessoas possam ver que os bens materiais aqui conquistados, aqui permanecem.
3- Quero que minhas mãos balancem ao vento para que as pessoas possam ver que de mãos vazias viemos e de mãos vazias partimos.
Pense nisso.


(Alexandre o Grande)

I Cor 14:34 - A Mulher na Igreja

No atual momento, um dos temas mais controvertidos no contexto religioso, é o debate sobre o estilo de adoração adequado. Desta vez, as mulheres não ficaram de fora uma vez que na perspectiva de algumas igrejas é considerado falta de respeito para com Deus e ao próximo permitir que uma mulher exorte uma congregação.Diante das indagações que estão surgindo, resolvi pesquisar no livro santo para descobrir se realmente as mulheres podem falar nas igrejas. A pesquisa limita-se em grande proporção nas cartas paulinas, onde percebemos que houveram problemas bem semelhantes, principalmente no contexto de I Coríntios 14:34.“Conservem-se as mulheres caladas nas igrejas, porque não lhe é permitido falar; mas estejam submissas como também a lei o determina”.O que levou Paulo a fazer estas declarações? Será que suas afirmações estão limitadas a sua época, ou também para os nossos dias? Pode haver alguma possibilidade do texto ter sido traduzido de maneira não coerente a ponto de mudar seu sentido? Como os líderes religiosos tem visto as reivindicações de algumas senhoras que pleiteiam estes privilégios?O CONTEXTO HISTÓRICO E ESPECÍFICOO que vem declarando em I Cor. 14:26-40, parece demonstrar que as reuniões em Corinto eram muito desordenadas. Paulo menciona no verso 25 que existia várias manifestações ao mesmo tempo. Ninguém pedia a palavra, vários falavam ao mesmo tempo e em tudo sobressaía em bagunça e vanglória, e não é a toa que Paulo declara no verso 26 que tudo seja para edificação e no verso 33, que Deus é um Deus de paz e não de desordem.Entre estes problemas, o uso do dom de línguas naquela época era usado inconveniente, todos queriam falar ao mesmo tempo e sem interpretações ninguém entendia nada, da mesma forma o uso da profecia. De fato o nível de participação pode ter escapado ao controle.Crêem alguns comentaristas que Paulo sendo um produto da cultura judaica, recebeu influências do tratamento que esta dava à mulher. Adam Clarke, escritor cristão, comenta que era uma ordenança judaica não permitir às mulheres ensinar nas assembléias, nem mesmo fazerem indagações. Os rabinos ensinavam que uma mulher não deve saber outra coisa, senão usar os seus utensílios caseiros. “Uma regra extraída da sinagoga e mantida na igreja primitiva (ver I Tim. 2:12)” . (1)É conhecido que nos tempos antigos, o lugar que a mulher ocupava era muito baixo. No mundo grego Sófocles falou: “O silêncio confere graça para as mulheres”. As mulheres, a não ser que fossem muito pobres ou de mui baixa moral, tinham que viver isoladas em casa. Os judeus tinham inclusive uma idéia mais baixa da mulher. Entre os rabinos havia alguns ditos que colocavam a mulher ainda numa situação muito pior, como estes: Ensinar a lei para mulher é ensinar a impiedade. Outro sentenciava: ensinar a lei para a mulher é como jogar pérolas aos porcos.No Talmude, na lista relacionada com as pragas do mundo aparece: a mulher faladora; a viúva curiosa; e a virgem que perde todo o seu tempo fazendo orações. Era inclusive temível falar com as mulheres na rua. Ninguém podia solicitar um serviço para uma mulher, nem podia cumprimentá-las.“Esta sociedade era similar a que Paulo tinha quando escreveu aos Coríntios... Seria certamente muito errado tomar estas palavras de Paulo fora do contexto em que foram escritas e fazer delas uma regra universal para todas as igrejas .” (2)Percebemos que este costume era rígido naquela época e ao homem era concedido direitos reservados de falar nas assembléias.É bom analisar duas palavras, uma frase e um tema chave de I Coríntios 14:34, tentando assim sanar dúvidas com o estudo das palavras em seu sentido e significados originais.Falar (lalei/n)Esta palavra no original, (lalein), pode se referir a qualquer modalidade de elocução verbal, incluindo pregação, conversação, tanto pública como em particular. Esta palavra é usada 295 vezes no Novo Testamento, a fim de expressar todas as formas imaginárias de elocução verbal, pública, particular, formal e informal.Alguns intérpretes tem procurado formar um argumento, com base no vocábulo grego aqui utilizado, supondo eles que certas “formas” de elocução verbal eram permitidas, mas outras não. Assim sendo, a “pregação” não seria permitida, mas outras elocuções verbais seriam permitidas. Ou então, no sentido que as mulheres era vedado fazerem perguntas, disputar, etc., embora pudesse falar de outra maneira. Porém tal interpretação perverte tanto o sentido do vocábulo grego como a própria passagem. Pois tal vocábulo tem um sentido muito geral, podendo indicar qualquer forma de elocução verbal . (3)Essa palavra foi usada muitas vezes na Bíblia, porém com diferentes elocuções verbais. Exemplos:• Mt. 9:18, 33 e 13:3: Jesus narrava tanto suas palavras à multidão como também em particular.• Mt. 14:27: Neste caso a expressão era usada para indicar conversas privadas.Note que a palavra falar possui diversos significados. Seja qual for o motivo desta restrição, pode haver a possibilidade de incluir em um sentido de falar em línguas e até mesmo profetizar (ver os vv. 27, 29). Nesse caso, há a mesma possibilidade, pois o verbo falar desses dois versículos, são os mesmos do verso 34, embora diversos comentaristas dizem que não se refere a profetizar e sim de fazerem perguntas, enquanto outros o “ato de ensinarem”. Assim sucedem as diferentes opiniões.Independente, se a palavra lalein pode significar diversas formas de elocuções, deve-se levar em consideração, que a mulher tinha que ficar em silêncio, não falar, por ser isso vergonhoso para ela na igreja (ver trigésimo quinto versículo).Portanto não falar, é não profetizar, não falar em público, não ensinar, caso o leitor se interrogue nessas outras possibilidades apresentadas pelo verbo.Ora, é evidente com base no texto, que Paulo transferia para a igreja cristã uma atitude judaica. Ele acabava de regulamentar o uso dos dons de línguas e da profecia, e agora as normas a respeito da exortação feminina precisavam ser destacadas em sua plenitude para colocar ordem e descência no culto, vedando assim o direito de falar, que logicamente “não falando”, “não podiam também profetizar”.Não olvidemos que o apóstolo Paulo se referia às reuniões “oficiais” da igreja, mas ele era favorável ao ministério feminino em outras esferas e ocasiões.As declarações paulinas em I Cor. 14:34 e I Tim. 2:11 e 12, são um lado da moeda, porque o próprio apóstolo Paulo na mesma carta no capítulo 11:5, faz uma alusão naquela época que haviam mulheres que oravam e profetizavam, sem dúvida uma referência às mulheres, que em reuniões públicas falavam a respeito das coisas divinas. Lucas em Atos 21:9 nos cientifica de que as quatro filhas de Filipe profetizaram, nada mais que publicamente se tornarem portadoras das revelações de Deus.Alguns estudiosos têm argumentado que essa atitude seria levada a efeito por mulheres em reuniões menos importante, talvez privada, mas não diretamente associadas com a igreja, ou talvez ele se referisse apenas ao falar privado das mulheres. Contudo apesar dessa ser uma interpretação possível, quando muito, é dúbia, apesar das mulheres poderem ensinar certas coisas e profetizar (como se vê no relato de Atos 21:9) . (4)Portanto, certas coerências impostas por Paulo, é mediante as esferas e ocasiões preferidas por ele.Submissas, Sujeitas (upotasseqo/ai)Há diversos textos que oferecem um significado parcial quanto ao significado das mulheres serem submissas. “Submissas” , Paulo declara em relação aos maridos.Tal indicação neste contexto histórico, seria a crença judaica de que as mulheres, devido a sua parte na caída do homem em pecado, Deus a colocara em status de subordinação frente o seu esposo (Gên. 3:6, 16; Ef. 5:22-24; I Tim. 2: 11-12; Tito 2:5; I Ped. 3:1, 5-5). Em alguns casos isto era levado a sério demais. Muitas mulheres trocariam tudo em suas vidas e terem nascidas como homens.A mudança da natureza do homem ocasionado pela entrada do pecado em sua vida, terminou com a existência harmoniosa que a esposa, mulher, havia conhecido antes. Não convinha que o homem e a mulher tivessem igual autoridade na condição de lugar, e Deus preferiu colocar sobre o homem a responsabilidade maior de tomar as decisões em sua família e instruí-la. Embora isso não torne as mulheres inferiores aos homens.“Como Também a Lei o Determina”É provável que o termo “lei” usado neste verso, se refira às escrituras do Antigo Testamento, que eram interpretadas nas práticas judaicas.As passagens bíblicas que podemos colocar em foco, seria Gn. 3:16 e Núm. 30:8-12, indicando que a mulher deve depender totalmente de seu marido, por estar-lhe sujeita.A mulher que desejasse falar em público, estaria passando uma idéia de usurpação de autoridade em seu marido; e, mesmo que fosse solteira, usurpando a autoridade dos homens presentes. Pode ser que o fato das mulheres, declarado em I Cor. 11, de não usarem o véu na igreja, indique um ato de revolta, querendo assim ser igual ao homem, de cabeça lisa podendo assim obter os mesmos direitos nas assembléias.Ora isso era reputado como uma afronta das piores para a dignidade da congregação, segundo a mentalidade judaica porque para os judeus uma criança podia ler a lei, desde que fosse menino, e uma mulher não podia fazer nem mesmo isso.Para os judeus, o fato das mulheres tomarem uma boa posição nas assembléias, estaria tomando a autoridade masculina sobre a feminina, declarando na lei os primórdios.Temas Chaves“Conservem-se as mulheres caladas nas igrejas...” Esse tem sido um tema muito contestado por vários teólogos, e para isso temos que ter em vista alguns pontos importantes em conhecer o modo de atuação destas mulheres.1- O conselho de Paulo é um pouco limitado, no sentido que não se refere a todas as mulheres, mas apenas às esposas de homens cristãos que estão congregando. Além disso refere-se a como as mulheres devem aprender e não como ministrar. (Vs 35)2- O conselho é dirigido a uma cultura antiga que tinha padrões para o comportamento das esposas, diferentes dos atuais em muitos lugares.3- Visto que Paulo confirmou que as mulheres oravam e profetizavam em público (I Cor. 11:5 e 13) e que as mulheres possuíam o dom de profecia (At. 2:17 e 18; 21:8 e 9), a regra contra as mulheres falarem nos cultos não é absoluta.4- Esta afirmação era local e específica. Paulo preferiu agir conclusivamente para não causar mais alvoroço na igreja de Coríntios, enquanto que em outras localidades e contextos diferentes como já foi mencionado houve apoio por parte do Apóstolo Paulo para a exortação feminina.E na palavra de Paulo VI podemos afirmar: “chegou a hora em que a vocação da mulher se realiza em plenitude e ela adquire na sociedade, uma influência, um alcance, um poder, jamais conseguidos até aqui. Por isso, neste momento em que a humanidade sofre uma tão profunda transformação, as mulheres, impregnadas do espírito do evangelho, podem ajudar muito a humanidade a não decair .” (5)CONCLUSÃONão existem argumentos teológicos conclusivos que proíba a mulher falar em público nas assembléias, analisando o sentido teológico como um todo. As restrições determinadas pelo Apóstolo Paulo à igreja de Corintios, não foram aplicadas em todas as igrejas cristãs da mesma época, pelo contrário, em contextos diferentes, o apoio para a exortação feminina é evidenciado pelo Apóstolo.A menção coibitiva em 1 Coríntios 14:34 é local e especifica, no que diz respeito ao contexto sócio-cultural e religioso em Corinto, e foi dada com o objetivo de solucionar um problema de uma cultura antiga e diferente. Esta menção se refere mais ao ato de aprender do que ensinar conforme o verso 35
BIBLIOGRAFIA
A Bíblia Anotada, versão revista e atualizada. 1º ed. (São Paulo: Editora Mundo Cristão, 1991), 1432.Apolinário, Pedro Análise de textos bíblicos difíceis de interpretação, vol II. São Paulo: Instituto Adventista de Ensino, 1981.Barclay, William. El Nuevo Testamento comentando Buenos Aires: Editorial la Aurora, 1973.Bíblia Sagrada, revista e atualizada no Brasil, 2º ed. São Paulo: Sociedade Bíblica do Brasil, 1993.Bornkamm, Günthev. Paulo, vida e obra, 4º ed. Petrópolis, RJ: Editora Vozes, 1992.Bullinger, E. W. Diccionario de Figuras de dicción usadas en la Biblia Espanha: Editorial Clie, 1985.Chafer, Lewis Spery. Teologia sistemática. Dalton, Georgia: Bajo los Auspicios de Publicaciones Espanolas, 1974.Champlin, Russel N. O Novo Testamento interpretado. Vol 4. São Paulo: Sociedade Religiosa a Voz Bíblica Brasileira, 1995.David, Rior John R. W. Statt. A Mensagem de I Coríntios. Abu Editora, 1985.Donalds S. Mets. Beacon Bible comentary. Missouri, EUA: Beacon Hill Press of Cansas City.Exell, Joseph S. The Biblical Ilustrator. 3º ed. Grand Rapids, MI: Baker Book House, 1997.Gilbrant, Thoralf. The New Testament Greek-English Dicionary. Springfield, Missouri: The Complete Biblical Library.Henry, Mattew. Comentário exegético devocional a toda a Bíblia. Viladecasis, Barcelona: Talleres Gráficos de la M.C.E. Horeb, 1985.Hovey, Alavah. Comentário Expositivo sobre el Nuevo Testamento. Casa Batista de Publicaciones, 1973.Lição da Escola Sabatina, I Coríntios: O evangelho na vida real Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 1998.Meiyer, Pablo. F. B. Siervo de Jesucristo, 1º ed. Casa Bautista de Publicaciones, 1973.Metzger, Bruce M. A textual commentary on the greek New Testament. London: United Bible Societies.Morris, Leon. I Coríntios introdução e comentário. (São Paulo: Sociedade Religiosa, Edições Vida Nova e Associação Mundo Cristão, 1981.Pereira, Isidoro. Dicionário Grego-português e português-grego. 5 ed.Livraria Apostolado da Imprensa.Press, Fortress. Hermencia – A critical and history comentary on he Bible. Fortress Press Philadelfia, 1975.Robertson A. T. Épocas na vida de Paulo Rio de Janeiro: Casa Publicadora Batista, 1953.Seventh Day Advent Bible Comentary. Washington, DC: Rewiew and Herald Publishing Association.The Englishman’s Greec Concordance of the New Testament. Zondervan Grand Rapids, MI: Publishing House.White, Ellen. Educação, 7º ed. Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 1997._____, Ellen. Testemunhos Seletos, 3º ed. Santo André: Casa Publicadora Brasileira, 1984.William B. Eerdmans. Horst Balz and Gerhard Schneider, exegetical Dicionary of the New Testament. Grand Rapids, Mi: Publishing CompanyNotas(1) Champlin, 231.(2) William Barclay. El Nuevo Testamento comentando (Buenos Aires: Editorial la Aurora, 1973).(3) Champlin, 4.(4) Champlin, 232.(5) Pedro Apolinário. Análise de textos bíblicos difíceis de interpretação, vol II (São Paulo: Instituto Adventista de Ensino, 1981), 16.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Mudar login do Blogger

1- Crie uma outro conta gmail, tipo: nomedob...@gmail.com
2- Entre no Blogger com sua conta atual e vá em CONFIGURAÇÕES PERMISSÕES
adicione um autor, colocando seu outro email ali.
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4- Volte ao painel do Blogger COFIGURAÇÕES PERMISSÕES e dê permissão de administrador a você mesmo. ( claro na conta que você criou)
5- Parontinho!.. Feito rapidinho, aí é so entrar na sua nova conta e remover os autores que você não quer.

Iara Alencar
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sexta-feira, 8 de agosto de 2008




A posição evangélica dominante nos dias de hoje identifica-se com o teólogo holandês Jacó Armínio, pelo que nos debates teológicos é designada como arminianismo. O que muitos não sabem é que Armínio era bem mais "calvinista" que os arminianos atuais imaginam ou gostariam de saber. Se eles soubessem o que ele escreveu a respeito de alguns assuntos importantes no debate sobre a salvação, poderiam não se tornar calvinistas, mas pelo menos seriam arminianos melhores.Descobririam, por exemplo:a) Que ele recomendava a leitura da obra de Calvino"Depois da leitura das Escrituras..., e mais do que qualquer outra coisa,... eu recomendo a leitura dos Comentários de Calvino ... Pois afirmo que na interpretação das Escrituras Calvino é incomparável, e que seus Comentários são mais valiosos do que qualquer coisa que nos tenha sido legada nos escritos dos pais — tanto assim que atribuo a ele um certo espírito de profecia no qual ele se encontra em uma posição distinta acima de outros, acima da maioria, na verdade, acima de todos." (Carta escrita a Sebastian Egbertsz, publicada em P. van Limborch e C. Hartsoeker, Praestantium ac Eruditorum Virorum Epistolae Ecclesiasticae et Theologicae (Amsterdam, 1704), nº 101).b) Que ele cria na doutrina da providência"Nesta definição de Providência Divina, eu de forma alguma a privo de qualquer partícula daquelas propriedades que concordam ou pertencem a ela; mas eu declaro que ela preserva, regula, governa e dirige todas as coisas e que nada no mundo acontece acidentalmente ou por acaso. Além disto, eu coloco em sujeição à Providência Divina tanto o livre-arbítrio quanto até mesmo as ações de uma criatura racional, de modo que nada pode ser feito sem a vontade de Deus, nem mesmo as que são feitas em oposição a ela , somente devemos observar uma distinção entre as boas e as más ações, ao dizer, que "Deus tanto deseja e executa boas ações," quanto que "Ele apenas livremente permite as que são más." Além disto ainda, eu muito prontamente admito, que até mesmo todas as ações, sejam quais forem, relativas ao mal, que possam possivelmente ser imaginadas ou criadas, podem ser atribuídas ao Emprego da Divina Providência, tendo apenas um cuidado, "não concluir deste reconhecimento que Deus seja a causa do pecado." (Works, vol 1: The providence of God)c) Que ele cria nos decretos divinos"Os decretos de Deus são os atos extrínsecos de Deus, ainda que sejam internos, e, por essa razão, feitos pelo livre-arbítrio de Deus, sem qualquer necessidade absoluta . Todavia um decreto parece exigir a suposição de outro, a bem de uma certa conveniência de igualdade; como o decreto relativo à criação de uma criatura racional, e o decreto relativo à salvação ou condenação [dessa criatura] sob a condição de obediência ou desobediência. A ação da criatura também, quando considerada por Deus desde a eternidade, pode algumas vezes ser a ocasião, e algumas vezes a causa motriz externa de criar algum decreto; e isto de tal forma que sem tal ação [da criatura] o decreto não seria nem poderia ser feito. (...) Embora todos os decretos de Deus foram feitos desde a eternidade, todavia uma certa ordem de prioridade e posterioridade deve ser formulada, de acordo com sua natureza, e a relação mútua entre elas." (Works, vol 2: On decree of God)d) Que ele cria na predestinação"O primeiro na ordem dos decretos divinos não é o da predestinação, pela qual Deus preordenou para fins sobrenaturais, e pela qual ele resolveu salvar e condenar, declarar sua misericórdia e sua justiça punitiva, e ilustrar a glória de sua graça salvadora , e de sua sabedoria e poder que concordam com aquela mais livre graça.(...) Os eleitos não são chamados "vasos de misericórdia" na relação de meios para o fim, mas porque a misericórdia é a única causa motriz, pela qual é feito o próprio decreto da predestinação para salvação." (Works, vol 2: On predestination to salvation)e) Que ele cria na imperdibilidade da salvação"Embora eu aqui, aberta e sinceramente, afirmo que eu nunca ensinei que um verdadeiro crente pode, total ou finalmente, abandonar a fé, e perecer; todavia não nego que haja passagens da Escritura que me parecem apresentar este aspecto; e as respostas a elas que tive a oportunidade de ver não se mostraram, em minha opinião, convincentes em todos os pontos. Por outro lado, certas passagens são fornecidas para a doutrina contrária [da perseverança incondicional] que merecem especial consideração." (Works, vol 1: The perseverance of the saints).

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Histórias de Charles Haddon Spurgeon - Parte II

"A mulher que pensava não amar a Cristo"

Charles Spurgeon conta a experiência vivida ao visitar uma mulher cuja fé, uma vez brilhante, havia sido encoberta por uma nuvem que provocara um eclipse total. Disse ela a Spurgeon: "Minha fé acabou. Eu não sinto mais qualquer amor verdadeiro por Cristo."Spurgeon era um homem sábio. Ele não discutiu e nem rebateu o que a senhora lhe havia dito. Apenas pegou uma folha de papel e dirigiu-se até a janela. Nele ele escreveu: "Eu não amo o Senhor Jesus Cristo." Retornando ao lugar onde estava a mulher, deu-lhe o papel e o lápis e falou: "Assine isto." Ao ler o que estava escrito ela começou a chorar. "Não é verdade. Eu não vou assinar e sim rasgar em muitos pedaços." Spurgeon disse: "Você disse que não o amava." Ao que ela respondeu: "Sim, mas eu não posso assinar isto." "Bem, então," prosseguiu Spurgeon, "eu concluo que, pelo contrário, você o ama afinal." "Sim, sim," ela exclamou, "eu percebo isto agora! Eu o amo. Cristo sabe que eu O amo!"Nenhuma pessoa, tendo tido uma experiência pessoal com o Senhor Jesus, é capaz, mesmo diante das agruras que a vida oferece, de deixar de amá-lo um instante sequer. Ele se deu por todos nós, sofreu aflições muito maiores, para transformar nosso viver e nos dar vida com abundância. É possível que haja pessoas que, mesmo vivendo longos anos dentro de uma igreja, cantando no coro, participando das reuniões de oração e evangelismo, nunca tenham tido uma experiência pessoal com o Salvador. Esses não sentiram o amor do Senhor e não vivenciaram a maravilha de poder amá-lo. Mas, com toda a certeza, tanto esses como aqueles que nem mesmo estiveram participando de algum grupo cristão, ao se colocarem na presença do Senhor e sentirem as carícias de seu amor, jamais dele quererão se afastar e nem seriam capazes de assinar aquele papel escrito por Spurgeon. O amor de Cristo colocado em nossos corações dura para sempre e não há nada neste mundo que possa substituí-lo ou ocupar o seu lugar.
http://renatovargens.blogspot.com/2008/07/histrias

Postado por Renato Vargens às 18:10:00

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Charles Haddon Spurgeon

Charles Haddon Spurgeon , denominado príncipe dos pregadores:


Spurgeon (1834-92) foi o mais conhecido pregador da Inglaterra pela maior parte da segunda metade do século dezenove. Seus sermões foram traduzidos em muitas línguas, sendo especialmente populares nos Estados Unidos. Spurgeon escreveu 135 livros durante 27 anos (1865-1892) e editou uma revista mensal denominada A Espada e a Espátula. Seus vários comentários bíblicos ainda são muito lidos, dentre eles: O Tesouro de Davi (sobre o livro de Salmos), Manhă e Noite (devocional) e Mateus - O Evangelho do Reino. Até o último dia de pastorado, Spurgeon batizou 14.692 pessoas. As pessoas que ouviam Spurgeon, naquela época, faziam considerações sobre ele que deixariam qualquer evangélico orgulhoso. O jornal The Times publicou, certa ocasião, a respeito do pastor inglês: Ele pôs velha verdade em vestido novo. Já o Daily Telegraph declarou que os segredos de Spurgeon eram o zelo, a seriedade e a coragem. Para o Daily Chronicle, Charles Spurgeon era indiferente à popularidade; um gênio, por comandar com maestria, uma audiência. O Pictorial World registrou o amor de Spurgeon pelas pessoas. Na ocasião em que ele morreu - 11 de fevereiro de 1892 -, seis mil pessoas leram diante de seu caixão o texto de Isaías 45.22a: Olhai para mim e sereis salvos, vós todos os termos da terra

Renato Vargens

"A Prostituta que queria se suicidar."


Histórias de Charles Haddon Spurgeon

"A Prostituta que queria se suicidar."

Uma prostituta tinha decidido se suicidar. Determinada ela se dirigiu a Ponte de Blackfriars, com o intuito de se jogar no rio Tamises. Entretanto, o caminho escolhido a levou a passar em frente à Capela de New Park Street. Sentido-se atraída pelo que acontecia no interior da igreja, decidiu entrar por uns momentos.

No Templo estava a pregar Charles Haddon Spurgeon o qual dissertava sobre o texto: “Vêem esta mulher?” Naquele instante enquanto falava do Evangelho eterno a respeito de uma mulher de uma antiga cidade, que era notória pecadora, a qual descreveu regando os pés de Jesus com suas lágrimas e enxugando-os com seus cabelos, Spurgeon afirmara com autoridade que Jesus a perdoara por amor. Tendo ouvido isto e pensando em sua própria vida, a suicida em potencial, se arrependeu de seus pecados encontrando em Cristo paz e alegria para sua alma cansada.

quinta-feira, 3 de julho de 2008

SAI DELA POVO MEU




NOSSO COMPROMISSO É COM JESUS CRISTO E SUA NOIVA



Você sabe para onde o Movimento Ecumênico está conduzindo sua igreja e você? Você sabe que o Movimento Ecumênico foi a tática preparatória para a criação da ORU -Organização das Religiões Unidas- nos moldes e princípios da ONU? Você sabe que ela é o “corpo da besta” em gestação?


Com essas e outras palavras, o Cultura Evangélica tem alertado sobre o movimento ecumênico e suas conseqüências.
Em 1994 a maioria das igrejas evangélicas brasileiras e americanas (EUA) abraçaram inadvertidamente esse movimento assinando um “acordo de paz” com a ICR e aceitando os dogmas de paz religiosa e união num só movimento, já que buscamos ao mesmo “deus”.

“United Religions” ou “Religiões Unidas” – clique aqui para ler a notícia
Em março/2008, decorridos 14 anos daquele acordo, o Noticiário-Evangélico veiculou a notícia/mensagem sobre a criação da Organização das Religiões Unidas - ORU-, nos moldes e princípios da ONU. Será construído, em Roma, um “Palácio das Religiões” que abrigará a representação de todas as religiões do mundo e o cetro do poder será entregue nas mãos da ICR.
Essa importante notícia precisa ser muito bem analisada pelos evangélicos de todo o mundo, pois ela aponta para a formação do “corpo da besta”, que será conduzida e montada pela “mulher” de Apocalipse 17,7.

O “corpo da besta” em gestação
A besta é o poder religioso mundial em formação e se materializará como Organização das Religiões Unidas e será governado pela “mulher” (ICR), que, por isso, se vangloriará, dizendo “eu sou rainha”, Ap. 18,7.
A besta será composta, logicamente, por todas as religiões mundiais que entrarem para o ecumenismo e aceitarem fazer parte da ORU.
Todas as religiões que confirmarem sua posição, integrando a Organização das Religiões Unidas serão literalmente “inimigas de Jesus Cristo”. É o que está escrito em Apocalipse 17:14 Estes combaterão contra o Cordeiro, e o Cordeiro os vencerá, porque é o Senhor dos senhores e o Rei dos reis; vencerão os que estão com ele, chamados, e eleitos, e fiéis.

A “rainha das religiões”
Quando a ORU se concretizar e os poderes religiosos mundiais reunidos em Roma entregarem o domínio (o cetro do poder) à ICR, ela será aclamada como a rainha das religiões cumprindo a profecia de Ap. 18, 7: Estou assentada como rainha.
De fato, a ICR será a rainha das religiões e também governará todo o sistema religioso mundial profeticamente descrito como “corpo da besta”.

O Mistério Revelado
Acompanhe agora as profecias e os comentários, que preparamos para meditação:

Ap. 17:7 E o anjo me disse: Por que te admiras? Eu te direi o mistério da mulher, e da besta que a traz, a qual tem sete cabeças e dez chifres.
ü Comentários: (mulher = ICR; besta = poder religioso mundial; sete cabeças=Roma situada entre sete colinas; dez chifres = dez representações religiosas mundiais, tipo “evangélicos”, budistas, espíritas, mulçulmanos, ortodoxos, etc.)

Ap. 17:8 A besta que viste foi e já não é, e há de subir do abismo, e irá à perdição; e os que habitam na terra (cujos nomes não estão escritos no livro da vida, desde a fundação do mundo) se admirarão, vendo a besta que era e já não é, mas que virá.
ü Comentário: o mundo se admirará com esse poder religioso-político que se levantará em Roma, e representa o Império Romano restaurado. Menos a Igreja de Jesus, pois ela recebe a revelação adequada para fugir desse grande laço.

Ap. 17:9 Aqui o sentido, que tem sabedoria. As sete cabeças são sete montes, sobre os quais a mulher está assentada.
ü Comentário: sete cabeças são os sete montes e a única cidade mundial que cumpre essa profecia é Roma. Nesta cidade é onde encontramos a “mulher” descrita como “prostituta” aos olhos de Deus. É maravilhoso ver como Deus enxerga a verdade e os homens são enganados por poder e riquezas, pensando que religiões são obra de Deus. Muitas são obras do maligno.

Ap. 17:10 E são também sete reis; cinco já caíram, e um existe; outro ainda não é vindo; e, quando vier, convém que dure um pouco de tempo.

Ap. 17:11 E a besta que era e já não é, é ela também o oitavo, e é dos sete, e vai à perdição.
ü Comentário: a besta –poder religioso- terá um rei e ele será um cidadão romano (note: é dos sete), literalmente um homem nascido em Roma;

Ap. 17:12 E os dez chifres que viste são dez reis, que ainda não receberam o reino, mas receberão poder como reis por uma hora, juntamente com a besta.
ü A besta terá 10 poderes (chifres) representativos das religiões mundiais e serão eleitos para o cargo no momento da constituição da ORU; esse poder será desfrutado por pouco tempo: uma hora.

Ap. 17:13 Estes têm um mesmo intento, e entregarão o seu poder e autoridade à besta.
ü Os representantes de todas as facções religiosas mundiais vão concordar em delegar a autoridade religiosa suprema à ORU, e ela governará os rumos das religiões mundiais. No entanto, são poderes religiosos que não conhecem a Palavra de Deus. Por isso nossa preocupação em alertar os líderes evangélicos para que não caiam nesse engano mais uma vez, ou participarão dessa condenação.

Ap. 17:14 Estes combaterão contra o Cordeiro, e o Cordeiro os vencerá, porque é o Senhor dos senhores e o Rei dos reis; vencerão os que estão com ele, chamados, e eleitos, e fiéis.
ü Todos os representantes religiosos que colocarem seu nome no corpo dessa besta e derem sustentação ao poder da ICR serão tidos como “inimigos do Cordeiro”, receberão de Deus a mesma condenação sentenciada em Ap. 18,8 Portanto, num dia virão as suas pragas, a morte, e o pranto, e a fome; e será queimada no fogo; porque forte é o Senhor Deus que a julga. E, por fim, combaterão contra o Cordei

Ap. 17:15 E disse-me: As águas que viste, onde se assenta a prostituta, são povos, e multidões, e nações, e línguas.
ü O versículo é explicativo, e define “águas” como todos os povos, multidões, nações e línguas sobre os quais a ICR está “assentada”, ou seja, está acima deles, como “rainha”.

Ap. 17:16 E os dez chifres que viste na besta são os que odiarão a prostituta, e a colocarão desolada e nua, e comerão a sua carne, e a queimarão no fogo.
ü Todavia, o poder religioso jamais amará ou respeitará a ICR, que trabalhou por essa união. Ela será odiada de todos os representantes que a compõe. Eles aceitarão fazer parte desse órgão (ORU) por motivos políticos.

Ap. 17:17 Porque Deus tem posto em seus corações, que cumpram o seu intento, e tenham uma mesma idéia, e que dêem à besta o seu reino, até que se cumpram as palavras de Deus.
ü É interessante frisar que tudo isso acontecerá pela vontade de Deus: ele quer reunir todas as representações religiosas mundanas e pagãs num só “corpo”, para trazer sobre eles o juízo decretado em Ap. 18,4. Aqui está a sabedoria.

Ap. 17:18 E a mulher que viste é a grande cidade que reina sobre os reis da terra .
ü Leia-se: Vaticano, a única cidade no mundo que tem o poder, a riqueza e a influência política, econômica e religiosa descritos em Apocalipse.

A Condenação da Mulher e do Poder Religioso Mundial
A sentença divina
Ap. 18:5 Porque já os seus pecados se acumularam até ao céu, e Deus se lembrou das iniqüidades dela.
Ap. 18:8 Portanto, num dia virão as suas pragas, a morte, e o pranto, e a fome; e será queimada no fogo; porque é forte o Senhor Deus que a julga.
A sentença divina claramente mostra que a sede desse sistema religioso será “queimada no fogo”.
Os fundamentos da sentença:
A mulher/cidade/religião foi condenada:
1. por seus crimes contra o povo de Deus, pois derramou o sangue dos santos e, por isso, é representada como vestida de vermelho, o sangue da igreja que segue piamente a Jesus, perseguida através dos séculos pela “mulher”: E nela se achou o sangue dos profetas, e dos santos, e de todos os que foram mortos na terra. Ap. 18:24 E vi que a mulher estava embriagada do sangue dos santos, e do sangue das testemunhas de Jesus. Ap. 17:6
2. por seus crimes contra a Palavra de Deus, alterando insistentemente o sentido das Escrituras Sagradas e montando um sistema idolátrico-religioso/político mundial desaprovado por Deus: E outro anjo seguiu, dizendo: Caiu, caiu Babilônia, aquela grande cidade, que a todas as nações deu a beber do vinho da ira da sua prostituição. Ap. 14:8

O Mundo lamentará
Ap. 18:10 Estando de longe pelo temor do seu tormento, dizendo: Ai! ai daquela grande Babilônia, aquela forte cidade! pois numa hora veio o seu juízo.
Sim, o mundo que não conhece as Escrituras Sagradas lamentará a destruição da sede do sistema religioso mundial.

Qual Juiz decretou a sentença sobre esse sistema religioso mundial ?
Ap. 18:8 Portanto, num dia virão as suas pragas, a morte, e o pranto, e a fome; e será queimada no fogo; porque forte é o Senhor Deus que a julga. Note isso: o juízo vem de DEUS.
Portanto, antes de se lamentar, a humanidade deveria lembrar-se de que isso ocorrerá, em primeiro, porque foi um juízo sentenciado por nada menos do que o próprio Deus, e, em segundo, porque a profecia foi anunciada há quase dois mil anos atrás, quando eles (ICR e o sistema religioso prostituído) nem ainda existiam. Assim, não há dúvidas de que a mão de Deus estará nesse evento catastrófico que destruirá a cidade sede da futura ORU.

Outras implicações das profecias
Você percebeu que a sentença divina decretada à ICR será extensível a todos quantos a apóiam ou lhe dão força e poder, mesmo que sejam cristãos evangélicos (englobamos aqui todas as denominações evangélicas). No entanto, bem sabe Deus que muitos aceitariam o “ecumenismo” inadvertidamente, por engano. Isso, porém, não é o fim. Foi um equívoco que Deus se propõe a esquecer completamente, se, na hora exata, for tomada a decisão correta: Sai dela, povo meu, para que não sejas participante dos seus pecados, e para que não incorras nas suas pragas, Ap. 18,4.
Sair definitivamente do sistema ecumênico, entregar a direção de nossas igrejas ao Espírito Santo e renovar nossos votos de fidelidade a Jesus Cristo, nos preparando para o Arrebatamento é o que Deus espera do seu povo agora. É a decisão correta e a última oportunidade de retomar a comunhão.

A Voz do Céu fala às Igrejas Evangélicas
A voz do céu ecoa e faz-se ouvir entre nós, evangélicos, com as últimas mensagens antes do fim da Igreja de Jesus na terra.
Nesse momento importante manter a comunhão com o Espírito Santo e lembrar da obediência devida à Palavra de Deus. Por isso devemos meditar no que diz a VOZ DO CÉU:
E ouvi outra voz do céu, que dizia: Sai dela, povo meu, para que não sejas participante dos seus pecados, e para que não incorras nas suas pragas.
Ouça essa voz que hoje fala contigo. Não é voz do homem. É a voz do céu. Glórias a Jesus Cristo.

Alerta aos Eleitos de Deus (Apóstolos, Bispos, Pastores, Presbíteros, Diáconos)
O Apóstolo Paulo nos dá uma séria advertência em Atos, 20,28: Olhai, pois, por vós, e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que ele resgatou com seu próprio sangue.
O alerta do Apóstolo nos relembra a autoridade, confiança e responsabilidade que um dia Jesus Cristo depositou em nossas mãos: o destino de milhares ou milhões de almas.

Conclusão
É inevitável a união das religiões, mesmo porque é da vontade de Deus (veja nota acima em Ap. 17,7) para trazer sobre a mulher (ICR), sobre a besta (ORU) e sobre todos os que a apóiam o juízo prescrito e sentenciado em Ap. 18:8: Portanto, num dia virão as suas pragas, a morte, e o pranto, e a fome; e será queimada no fogo; porque é forte o Senhor Deus que a julga.
Não permita que o nome da sua igreja venha a integrar o corpo dessa besta apocalíptica, tornando-se inimiga de Deus e tendo que combater contra o Cordeiro e ser destruída na Grande Tribulação.
Se você já é “eleito” de Deus, seja agora também fiel a Ele tomando a decisão correta e obedecendo à Voz de Sua divina Palavra. Amém.


(a.)Pr. Wagner Cipriano - Editor
DÚVIDAS? Você está recebendo informações úteis ao entendimento do momento em que vivemos e que claramente antecede o Arrebatamento da Igreja e a manifestação do Anticristo.e seu governo mundial. Vamos despertar!!!
-Caso você necessite de alguma explicação ou tenha interesse em algum tema específico, estamos à sua disposição.
FALE CONOSCO: culturaevangelica@gmail.com
COLABORE: Você pode colaborar propagando essas mensagens. Divulgue-as, pregue-as, imprima-as e distribua-as entre os membros da sua igreja, amigos e familiares. A hora é agora.
NOTA DO EDITOR: O Arrebatamento está às portas! Você está preparado? Sua lâmpada está acesa? Você está enxergando o cumprimento das profecias bíblicas em meio à escuridão em que a humanidade se encontra? Não fique para trás!
Se você já recebeu Jesus Cristo como seu Salvador pessoal, mas vive uma vida espiritual morna, precisa pedir perdão e renovar seus compromissos. Ele o perdoará imediatamente e encherá seu coração com a alegria do Espírito Santo de Deus. Em seguida, você precisa iniciar uma vida diária de comunhão, com oração e estudo da Bíblia.
Se você nunca colocou sua confiança em Jesus Cristo como Salvador, mas entendeu que ele é real e que o fim dos tempos está próximo, e quer receber o Dom Gratuito da Vida Eterna, pode fazer isso agora, na privacidade do seu lar. Após confiar em Jesus Cristo como seu Salvador, você nasce de novo espiritualmente e passa a ter a certeza da vida eterna nos céus, como se já estivesse lá. Assim, pode ter a certeza que o Reino do Anticristo não o tocará espiritualmente.
Que este ministério seja uma bênção em sua vida.
“Aconselho-te que unjas os olhos com colírio, para que vejas”.
Que Deus o abençoe.




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segunda-feira, 30 de junho de 2008

QUE TAL, VIRAR DIAMANTE APÓS A MORTE?



Sonho de consumo final: virar um 'diamante humano' depois da morte



Seg, 30 Jun, 11h25



COIRE, Suíça (AFP) - Por que passar o sono eterno debaixo da terra ou então espalhar as cinzas da cremação? Ao custo de alguns milhares de euros e graças a uma sofisticada transformação química, uma empresa suíça agora garante ao falecido reservar seu lugar na eternidade sob a forma de um 'diamante humano'.


COIRE, Suíça (AFP) - Por que passar o sono eterno debaixo da terra ou então espalhar as cinzas da cremação? Ao custo de alguns milhares de euros e graças a uma sofisticada transformação química, uma empresa suíça agora garante ao falecido reservar seu lugar na eternidade sob a forma de um 'diamante humano'.


Na pequena cidade de Coire, na Suíça, a empresa Algordanza recebe a cada mês entre 40 e 50 urnas funerárias procedentes de todo o mundo. Seu conteúdo será pacientemente transformado em pedra preciosa.
"Quinhentos gramas de cinzas bastam para fazer um diamante, enquanto o corpo humano deixa uma média de 2,5 a 3 kg depois da cremação", explica Rinaldo Willy, um dos co-fundadores do laboratório onde as máquinas funcionam sem interrupção 24 horas por dia.
Os restos humanos são submetidos a várias etapas de transformação. Primeiro, viram carbono, depois grafite. Expostos a temperaturas de 1.700 graus, finalmente se transformam em diamantes artificiais num prazo de quatro a seis semanas. Na natureza, o mesmo processo leva milênios.
"Cada diamante é único. A cor varia do azul escuro até quase branco. É um reflexo da personalidade", comenta Willy.
Uma vez obtido, o diamante bruto é polido e talhado na forma desejada pelos familiares do falecido para depois ser usado num anel ou num cordão.
O preço desta alma translúcida oscila entre 2.800 e 10.600 euros, segundo o peso da pedra (de 0,25 a um quilate), o que, segundo Willy, vale a pena, já que um enterro completo custa, por exemplo, 12.000 euros na Alemanha.
A indústria do 'diamante humano' está em plena expansão, com empresas instaladas na Espanha, Rússia, Ucrânia e Estados Unidos.
A mobilidade da vida moderna é propícia para o setor, explica Willy, que destaca a dificuldade de se deslocar com uma urna funerária ou o melindre provocado por guardar as cinzas de um falecido na própria casa.



A CRUZ E O TRONO

Gordon Watt

Em sua epístola aos Filipenses, Paulo nos mostra o magnífico clímax do sofrimento de nosso Senhor Jesus Cristo. “Pelo que também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu o nome que é sobre todo nome; para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai” (Fp 2:9-11).E qual é o motivo dessa exaltação e adoração ao Senhor que o apóstolo está tão certo de ser realizada? Ele “esvaziou-se a si mesmo... e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz” (Fp 2:7-8).Estas palavras tornam claro o elo entre a cruz e o trono. Um não poderia existir sem o outro. A morte e o madeiro tornaram o triunfo do Filho de Deus absolutamente certo.Ele ainda não está no trono, mas virá o dia quando todo joelho se dobrará diante Dele, e quando Ele tomará Seu lugar como Soberano sobre o universo de Seu Pai, o mundo terá a incontestável evidência do fato da vitória da cruz, da obra então feita em fraqueza e vergonha tendo sido coroada com sucesso eterno. Do conselho do Eterno veio que todo joelho se dobrará e toda língua fará sua confissão de Sua deidade, e nada pode impedi-lo. Quanto isso deveria encher nossa alma com glória e manter nosso coração no descanso quando nos lembramos que nem os esquemas do Diabo, nem a apostasia dos homens enganados podem impedi-lo de se tornar um fato! Paulo nos diz que a posição o nome do Senhor Jesus demandará e receberá o mais claro testemunho do mundo de Seu senhorio em um maravilhoso ato de adoração.Qual é o significado do trono? É um lugar de julgamento: “Porque é necessário que todos nós sejamos manifestos diante do tribunal de Cristo, para que cada um receba o que fez por meio do corpo, segundo o que praticou, o bem ou o mal” (2 Co 5:10).Conybeare o traduz: “Todos devemos ser manifestos sem disfarce”. A solenidade deste pensamento nos conduz a andarmos humildemente, vivermosobedientemente e trabalharmos efetivamente.É também o trono da Sua glória diante o qual as nações devem ser reunidas e julgadas. “Quando, pois vier o Filho do homem na sua glória, e todos os anjos com ele, então se assentará no trono da sua glória” (MT 25:31). Ele então se tornará no lugar do governo: “Ele mesmo edificará o templo do Senhor; receberá a honra real, assentar-se-á no seu trono, e dominará. E será sacerdote no seu trono” (Zc 6:13). Sobre este trono sentará o Único que é tanto rei como sacerdote e então acontecerá o que está escrito em Salmos 96 verso 13: “Ele vem, porque vem julgar a terra: julgará o mundo com justiça e os povos com a sua fidelidade”. Naquele dia o mundo uma vez mais gozará do reinado perfeito. Quando o domínio do Rei Sacerdote é estabelecido, e o Senhorio do desprezado Salvador é confessado, será reconhecido que a obra pela qual Ele deu-se a Si mesmo na morte foi consumada. Pois quando Ele tiver colocado todos os Seus inimigos sob Seus pés, se assentará no trono do governo. É muito importante para o mundo e para Ele próprio que o trono possa, o mais rápido possível, se tornar Dele, porque somente então a redenção no sentido mais completo da palavra começará a ser experimentada. “Porque foi para isto mesmo que Cristo morreu e tornou a viver, para ser Senhor tanto de mortos como de vivos”(Rm14:9).“Que Ele possa ser Senhor”, mais do que Salvador, mais do que Intercessor. O Senhorio de Cristo sobre o crente é a chave para o Senhorio de Cristo sobre o universo.Nestes dias da graça o plano de Deus está limitado ao crente, e por isso o chamamento da cruz a ele agora é o chamamento para um prático reconhecimento do direito do Salvador de ser Senhor. Se o Senhor alcançará o trono, nós temos algo a fazer com ele.Isso desperta cada um de nós em um sentido muito prático, pois isso não apenas mostra que nunca podemos nos despir da responsabilidade de sermos companheiros de trabalho com Ele nos planos divinos, mas que Ele está contando conosco para suprirmos tal lugar de serviço. Por essa razão nos chama para esta grande obra de parceria com Ele, assim para viver isso através de nós forças podem sair para a consumação do Seu desejo.O que somos, compõe o nosso ser? Em que área da vida devemos aceitar e reconhecer Jesus Cristo como nosso Senhor? Não há possibilidade de nenhuma outra resposta a menos de que o Calvário comprou a totalidade da pessoa, e todas as coisas na vida do crente estão necessariamente dentro da jurisdição do Senhor Jesus Cristo. Contudo mesmo neste ponto se levanta controvérsia entre nós e o Senhor. Em certas áreas não temos tanta objeção à autoridade de Cristo, quanto nos grandes conceitos da vida os quais sentimos serem muito difícil para tratarmos. Então estamos contentes com uma mão forte e controladora e um coração perfeitamente sábio? Mas não existem outras áreas nas quais não estamos tão desejosos de reconhecer Sua soberania, como nos detalhes da vida, nestes assuntos que cortam fora nossaspróprias opiniões e preconceitos, nossos gostos e aversões? Assim quão fundo a cruz deve ir em nossa vida? Quais, depois de tudo, são os direitos de Cristo em e sobre nós? Quão fundo estamos preparados para permitir o Espírito Santo ir quando Ele busca fazer o propósito do Calvário real em nós? Estas são questões penetrantes.Quais são as demandas de Cristo como Senhor, mantendo sempre em vista o fato de que Ele está apontando para o trono e precisa de um caminho ao longo do qual Ele possa alcançá-lo, este caminho trilhado pela vida, bem como pelo serviço e lealdade, de Seus seguidores?(i) A primeira coisa que me motiva é minha mente e sobre ela o Senhor Jesus Cristo reivindica autoridade.Paulo diz: “E não vos conformeis a este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus” (Rm 12:2).Por causa da queda e seus resultados há uma clara necessidade da autoridade do Senhor Jesus Cristo em nossa mente. O apóstolo fala na mais clara linguagem: “Mas temo que, assim como a serpente enganou a Eva com a sua astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos entendimentos e se apartem da simplicidade [mente simples] e da pureza que há em Cristo” (2 Co 11:3). Esta é a mente natural, a mente sem Cristo, que não está sob o controle do Espírito Santo; uma mente corrompida inclinada na direção diferente daquela na qual originalmente destinava ir, e portanto uma mente não harmonizada com a mente de Deus. Em Romanos 8 verso 5 esta mente é ainda mais descrita: “Pois os que são segundo a carne inclinam-se para as coisas da carne; mas os que são segundo o Espírito para as coisas do Espírito”.Uma mente não renovada é carnal, hostil a Deu, e em primeira aos Coríntios 2 verso 14 ainda outra revelação dela é dada: “Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus... e não pode entendê-las...”.Incapaz para a recepção e percepção espiritual, a mente humana requer renovação, e a renovação da mente se torna essencial para reconhecer a possessão de Satanás sobre a mente através do pecado, pela batalha no Éden que foi travada ali. Eva entregou sua mente a Satanás. Ele despejou seu veneno nela e o rio está fluindo desde então. No momento em que os homens destilam especulações e teorias, e desejam enfrentar as circunstâncias na atual situação, se encontrarão voltando-se a Deus, desejosos por um remédio que descobrirão na cruz. Ao tornarem este remédio prático, três poderes têm que ser colocados em ação. Primeiro, a fé que vê a vitória completa da cruz.Segundo, nossa vontade. No campo daquela vitória, por um ato deliberado ela toma a mente do controle de Satanás e a entrega ao Espírito Santo para que Ele possa trazer o poder da cruz para levar o velho pecado cometido e a mente controlada pelo pecado, e dar em seu lugar uma mente renovada. E o terceiro poder que deve entrar em ação é a obediência inteligente da nossa parte a cada impulso do Espírito Santo quando Ele nos move para resistir os maus pensamentos e suas forças, e nos guarda na graça oposta quando Ele a apresenta.A mente renovada é um grande agente na realização destes propósitos divinosos quais têm como objetivo o assentar do Filho de Deus no trono.(ii) Cristo reivindica a supremacia sobre o coração, pois somente quando isso é reconhecido e garantido é que Ele pode alcançar Seu alvo. Em Hebreus 4 verso 12 a luz límpida é lançada sobre um assunto de grande importância para o crente.“Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até a divisão de alma e espírito... apta para discernir os pensamentos e intenções do coração”. A espada da Palavra se torna a critica do coração, e diante de tudo o que ela expõe podemos ver o caminho para a cura e a vitória. Com grande ênfase o escritor afirma que o propósito da Palavra de Deus, guiada pelo Espírito Santo, é de “dividir em pedaços” duas forças poderosas em nós, a alma e o espírito. A parte almática de nosso ser talvez seja mais bem descrita como aquilo que em nós é puramente natural e que se recusa a ser controlada pelo Espírito Santo, enquanto que a espiritual é aquela que é vivificada pelo Espírito Santo, se tornando o canal através do qual Ele opera para manifestar a vida de Deus e consumar Sua vontade. Esta é uma definição imperfeita, mas pode nos ajudar a entender a diferença, e nada é mais necessário na vida cristã do que conhecer o significado destes dois termos, alma e espírito. Todo feito almático o qual vem do meramente natural, a parte do Espírito de Deus, é um obstáculo para Cristo alcançar o trono, ou pelo menos é sem serventia. Se o almático é supremo em nós haverá energia e entusiasmo, e até mesmo sacrifício na obra de Deus, muito daquilo que os homens elogiam, mas pode não haver fruto para Deus nisso porque o fruto não vem das fontes naturais.Mas temos dentro de nós uma tal mancha do pecado, as influências da velha natureza de Adão, que falhamos em discernir que muito do serviço cristão é almático, planejado e guiado somente pelos nossos poderes naturais, o intelectual e o emocional. Precisamos reconhecer que temos que render a nossa 'obra' para o Espírito Santo, ser conduzida em uma contínua experiência profunda de identificação com Cristo em Sua morte, não somente para o pecado mas para o natural em nós, tanto o mal como o bom, antes que o fruto possa ser colhido por Deus. Não vamos fechar nossos olhos para os perigos da vida cristã almática.Há apenas um caminho de libertação e segurança, e neste caminho o crente precisa prosseguir em cooperação ativa e constante com o Espírito Santo. Devemos render todo nosso poder natural a Ele para que a cruz faça sua obra em nós, e deste ato de rendição virá o espírito puro, nascido do Espírito Santo, energizado e operado por Ele. É quando a cruz toca o espírito, alma e corpo, que cada parte de nosso ser encontra seu lugar correto e tem o poder para cumprir sua correta função. É supremamente importante que estejamos desejosos que o Espírito Santo examine nosso coração com poder infalível e trate com tudo que Ele vê em nós que tem sobre ele a marca da velha natureza.Por meio disso, Cristo encontrará degraus sobre os quais subir ao trono.Assim como você e eu só podemos encontrar Deus através da morte de nosso Senhor Jesus Cristo, Ele só pode alcançar Seu trono através de nossa morte para tudo aquilo que o Espírito Santo revela como humano, natural e almático.(iii) Cristo precisa ter autoridade sobre a consciência se for para Ele alcançar o trono. Este era o alvo de Paulo: “Por isso procuro sempre ter uma consciência sem ofensas diante de Deus e dos homens” (At 24:16).Uma mente controlada por Cristo é um grande fator na aceleração do triunfo vindouro do Senhor Jesus. A consciência que não está sob o controle do Espírito Santo está sempre adormecida. Satanás a mantém drogada.Mas uma consciência sob a autoridade divina é vívida, sensível, responsiva a todo impulso santo. A consciência freqüentemente é ignorada no crente e algo mais é tolerado em seu lugar. Ela somente pode ganhar jogo justo quando o Espírito Santo é reconhecido como estando no comando dela, operando dentro e fora dela o grande programa da cruz.Quando isso é assim, o dever nunca será deixado inacabado. As reivindicações de Cristo não serão esquivadas.O prazer próprio não será o poder que planeja a forma de vida. As responsabilidades serão concebidas corajosamente e honestamente.Cristo espera isso. A cruz o ordena. O mundo precisa disso, e alguém que esteja olhando para nós quer que os convençamos que há naquilo que dizemos, quando falamos da cruz e da salvação.Uma consciência controlada por Cristo está ajudando a apressar o dia do triunfo do Salvador.(iv) Mas há algo mais que Cristo deve controlar, é a vontade. O que Ele mesmo disse? “Porque eu desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou” (Jo 6:38). A supremacia sobre a vontade marca outra de Suas reivindicações. Uma vontade rendida trará um fluxo de bênçãos. Uma vontade difícil e indiferente bloqueia o curso de Deus. A mais elevada ilustração de uma vontade sob supremacia é exibida por Cristo e Ele é nosso exemplo. O chamamento imperativo da cruz e do trono é para isso, e apenas quando isso é reconhecido pode a necessidade de Deus a respeito do mundo ser satisfeita, e a necessidade do mundo suprida por Deus. Somente uma vida rendida pode persuadir outras vidas a se renderem. Somente a alma em quem a cruz está realizando sua obra, pode conduzir outras almas para a cruz, e o chamado de Deus é para uma vontade rendida ativamente cooperar com Ele. Não pela passividade Deus opera, mas pela atividade.O espírito ativo, não a passividade almática, e o Espírito Santo requer que juntemos as mãos com Ele de uma forma inteligente em face das forças do mal e todas as provações da vida, sendo, como o Senhor Jesus foi, rendido à vontade de Deus e fazê-lo com a maior naturalidade. A supremacia de Cristo sobre a vontade significa nossa vida em custódia e sob a correta direção, cooperação e companheirismo com Ele no propósito de Seu Pai. Através de tal vida Cristo subiu ao lugar de onde governará o mundo e operará a salvação do universo.(v) Sobre uma outra parte de nosso ser Cristo deve ter controle.Paulo o reconhece, quando escreve: “Rogo-vos pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos como um sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional” (Rm 12:1). Na Escritura há uma dupla descrição do corpo. Primeiro, é o templo de Deus, e então é o corpo do pecado. Como o templo de Deus deve ser rendido a Deus. Como o corpo do pecado deve ser posto fora de ação, mortificado pelos feitos da cruz quando nos rendemos a ela, e obedecemos ao Espírito Santo. Deixe esta supremacia ser reconhecida e de uma vez estaremos atentos à santidade do corpo para que sejamos guardados do cuidado excessivo por um lado e da imprudência do outro. O corpo deve ser nutrido e não pajeado, protegido não mimado, usado em serviço real e não poupado por indolência e alívio.Quando Cristo deste modo toma o comando do espírito, alma e corpo, cada parte do ser encontra seu lugar correto e cumprem suas corretas funções.O espírito, em contato com o Espírito Santo, disciplina a alma e torna o corpo preparado para sua obra.O poder de Deus opera em nós para fazê-Lo supremo, e nos fazer viver não para nós mesmos mas para Ele. Com todo o ser sob Seu controle, Cristo no tempo devido alcançará o trono e dali inspirará e regulará cada departamento e detalhe da vida. Há apenas uma Cabeça, e quando o corpo e a vontade, a consciência, o coração e a mente respondem em amável obediência ao Seu governo, a vida será frutífera no serviço e radiante na experiência. O advento do Senhor somente se tornará um fato quando cada um de nós permitirmos ao Espírito Santo tornar o plano de Deus através da cruz efetivo em nossa vida. Cristo, supremo no trono do coração do crente alcançará o lugar do governo e daquele lugar então irá aos confins da terra, Seu poder e Sua influencia para conduzir as nações aos Seus pés para adorar e servir a Ele, para fazer Sua vontade na terra assim como é feita no céu. Então chegará o dia que em plenitude de alegria a terra começará a antífona que nunca cessará: “O reino da terra se tornou o reino de nosso Senhor, e de Seu Cristo, pois o Senhor onipotente reina”.
Do livro: “A Cruz na Fé e Conduta”
(The Cross in Faithand Conduct).

SÃO PEDRO LIDEROU CRISTÃOS MAS NUNCA FOI ´PAPA´, DIZEM HISTORIADORES


Católicos do mundo todo vêem São Pedro como o protótipo dos papas, o homem que fundou a sucessão ininterrupta de líderes da Igreja que chega até Bento XVI, mas o papel real do "príncipe dos apóstolos" provavelmente foi bem mais modesto, afirmam historiadores. Embora seja bem possível que Pedro tenha vivido, pregado e morrido em Roma, ele não fundou um governo centralizado da igreja romana, o qual demorou séculos para emergir. Mais importante ainda, embora a igreja de Roma tenha conquistado desde cedo uma posição de destaque entre as comunidades cristãs espalhadas pela bacia do Mediterrâneo, as outras igrejas não creditavam o prestígio romano ao "papado" de Pedro, mas ao fato de que tanto ele quanto seu companheiro de apostolado, São Paulo, haviam pregado a palavra de Jesus e morrido em Roma. É o que diz um texto escrito por volta do ano 180 pelo líder cristão Irineu de Lyon. Segundo Irineu, a comunidade de Roma havia sido "fundada e organizada pelos dois gloriosos apóstolos, Pedro e Paulo". "Para Irineu, a competência da igreja de Roma provinha de sua fundação pelos dois apóstolos, Pedro e Paulo, não só por Pedro", resume o historiador irlandês Eamon Duffy, da Universidade de Cambridge, em seu livro "Santos e Pecadores: História dos Papas". Chegando mais tardeNa verdade, a situação era ainda mais complicada do que Irineu imaginava. Tudo indica que a comunidade cristã de Roma foi fundada por um anônimo seguidor de Jesus, provavelmente um judeu da Palestina que se juntou aos dezenas de milhares de membros da comunidade judaica da capital do Império Romano. São Paulo, ao escrever para os cristãos de Roma na década de 50 do século 1, em nenhum momento menciona a presença de Pedro na cidade. No entanto, sabemos pelos Atos dos Apóstolos, livro do Novo Testamento escrito no fim do século 1, que Paulo acabou indo para a cidade para ser julgado pelo imperador romano num processo que estava sofrendo. E outros textos, também do fim do século 1 e começo do século 2, dão conta de que tanto Paulo quanto Pedro foram mortos durante a perseguição contra os cristãos ordenada pelo imperador Nero entre os anos 64 e 67. A tradição sobre o martírio é relativamente próxima dos eventos, embora não esteja registrada na Bíblia, e há pouca razão para duvidar que os santos morreram mesmo na Cidade Eterna. Pedro é retratado como papa nesta pintura sacra portuguesa do século 16. Pescador impetuosoPara o padre e historiador americano John P. Meier, professor da Universidade Notre Dame e autor da monumental série "Um Judeu Marginal" (ainda não concluída) sobre a figura histórica de Jesus, o Novo Testamento traz uma série de informações importantes e confiáveis sobre Pedro. Originalmente, ele era um pescador da Galiléia (norte de Israel), casado, e aderiu ao grupo de discípulos de Jesus junto com seu irmão André. O nome de seu pai era João ou Jonas, e seu nome original era Simão. O mais provável é que Jesus tenha dado a ele o apelido aramaico de Kepa (ou Kephas, como escreve São Paulo), "a pedra" ou "a rocha", depois traduzido como Petros, ou Pedro, em grego. Todos os evangelistas o apresentam como o principal membro do grupo dos Doze Apóstolos, ou como o porta-voz deles, e também retratam-no como um homem ao mesmo tempo generoso, extremamente apegado a Jesus, cabeça-dura (talvez uma relação irônica com seu apelido), indeciso e dado a súbitas mudanças de opinião. Em suas cartas (Aos Gálatas, para ser mais exato - grifo nosso), São Paulo relata um relacionamento tempestuoso com Pedro. Ao se converter à fé em Jesus (Paulo, judeu com cidadania romana, antes perseguia os cristãos), teria passado alguns anos sozinho até ir a Jerusalém e falar com Pedro e outros apóstolos. Depois, conseguiu convencer o grupo original de seguidores de Jesus que os pagãos também poderiam ser convertidos, mas entrou em conflito com Pedro, chamando-o de hipócrita. É que Pedro foi visitar a comunidade cristã de Antioquia, na Síria, e inicialmente fazia suas refeições com os crentes de origem pagã, coisa proibida pela lei judaica. No entanto, quando outros judeus cristãos apareceram na cidade, ele parou de fazê-lo, o que provocou a reprimenda de Paulo. As chaves do Reino dos CéusHá indícios de que, antes de ir para Roma, o "santo" passou por Antioquia e por Corinto, na Grécia. No entanto, o momento definidor de sua carreira como "papa", segundo os apóstolos, teria acontecido ainda durante a vida de Jesus. Segundo o Evangelho de Mateus, Pedro teria dado mostras impressionantes da fé em seu mestre eu declarar a ele: "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo". Jesus, então, teria prometido a Pedro a liderança de seus seguidores: "Eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do Inferno não prevalecerão contra ela. Darei a ti as chaves do Reino dos Céus". Nesta obra do século 15, do italiano Pietro Perugino, o santo recebe de Jesus as chaves do Reino do Céu.

John P. Meier afirma que a "profissão de fé" extraordinária de Pedro provavelmente é um fato histórico, por estar registrada nas diversas fontes usadas pelos evangelistas para compor suas narrativas. Também não duvida do papel de liderança de Pedro na Igreja primitiva. No entando, diz acreditar que a promessa de Jesus não é histórica, justamente porque ela usa a expressão "igreja" -- que praticamente não aparece nos textos do Novo Testamento que tratam da vida de Jesus. Para ele, Mateus "retrojeta" uma situação da Igreja primitiva para a época em que Cristo ainda estava vivo. Mais importante ainda para a questão do "papado" de Pedro, escreve Eamon Duffy, é o fato de que Roma aparentemente não tinham um bispo único até por volta do ano 150, ou seja, quase um século após a morte do apóstolo. É bom lembrar que, originalmente, o papa era o bispo de Roma, que recebia especial atenção de seus pares por governar a comunidade cristã onde tinham sido martirizados Pedro e Paulo. No entanto, vários documentos do começo do século 2, escritos para a comunidade de Roma e por membros dela, em nenhum momento fazem menção a um bispo, mas apenas aos "anciãos da igreja" ou "dirigentes da igreja". Para Duffy, a explicação mais provável é que a unificação do comando da igreja romana nas mãos de um só bispo veio mais tarde, por causa de uma série de pressões externas e internas, entre elas o surgimento de heresias poderosas, que contrariavam os ensinamentos cristãos originais. Como forma de defesa, as igrejas, entre elas a de Roma, teriam instituído a "monarquia" dos bispos.

Fonte: G1
NOTA: O pensamento exposto na revista, tipicamente católico, que registra o ocorrido em Mateus 16:18-19, não revela o completo sentido das palavras de Jesus nos Evangelhos. A declaração só fora dada por Pedro, naquela ocasião, porque lhe havia sido revelado por Deus, conforme Jesus expressa anteriormente. Por ele ter sido o único a falar, Jesus lhe coloca em uma posição de proeminência, pois seu exemplo deveria ser seguido. Contudo, quando observamos o evangelho de João, 20:19-23, observamos:
"Ao cair da tarde daquele dia, o primeiro da semana, trancadas as portas da casa onde estavam os discípulos com medo dos judeus, veio Jesus, pôs-se no meio e disse-lhes: Paz seja convosco! E, dizendo isto, lhes mostrou as mãos e o lado. Alegraram-se, portanto, os discípulos ao verem o Senhor. Disse-lhes, pois, Jesus outra vez: Paz seja convosco! Assim como o Pai me enviou, eu também vos envio. E, havendo dito isto, soprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo. Se de alguns perdoardes os pecados, são-lhes perdoados; se lhos retiverdes, são retidos.".
Este episódio se dá, historicamente, depois do ocorrido em Mateus 16. Aqui, Jesus já está ressurreto, na iminência de ser assunto aos céus. Sobre todos, nesta ocasião, que criam, sopra o Espírito Santo, e fala palavras que denotam uma autoridade espiritual incomum, exatamente como a que ele havia falado a Pedro, quando estava pregando ministerialmente. "Abrir" e "fechar", "perdoar" e "reter" são metáforas de autoridade. Assim, não observamos uma proeminência petrina como se observa na teologia católica atual.Outro exemplo é o chamado "Concílio de Jerusalém", o primeiro da Igreja, que está registrado em Atos dos Apóstolos, 15:2-22:
"Tendo havido, da parte de Paulo e Barnabé, contenda e não pequena discussão com eles, resolveram que esses dois e alguns outros dentre eles subissem a Jerusalém, aos apóstolos e presbíteros, com respeito a esta questão. Enviados, pois, e até certo ponto acompanhados pela igreja, atravessaram as províncias da Fenícia e Samaria e, narrando a conversão dos gentios, causaram grande alegria a todos os irmãos. Tendo eles chegado a Jerusalém, foram bem recebidos pela igreja, pelos apóstolos e pelos presbíteros e relataram tudo o que Deus fizera com eles. Insurgiram-se, entretanto, alguns da seita dos fariseus que haviam crido, dizendo: É necessário circuncidá-los e determinar-lhes que observem a lei de Moisés. Então, se reuniram os apóstolos e os presbíteros para examinar a questão. Havendo grande debate, Pedro tomou a palavra e lhes disse: Irmãos, vós sabeis que, desde há muito, Deus me escolheu dentre vós para que, por meu intermédio, ouvissem os gentios a palavra do evangelho e cressem. Ora, Deus, que conhece os corações, lhes deu testemunho, concedendo o Espírito Santo a eles, como também a nós nos concedera. E não estabeleceu distinção alguma entre nós e eles, purificando-lhes pela fé o coração. Agora, pois, por que tentais a Deus, pondo sobre a cerviz dos discípulos um jugo que nem nossos pais puderam suportar, nem nós? Mas cremos que fomos salvos pela graça do Senhor Jesus, como também aqueles o foram. E toda a multidão silenciou, passando a ouvir a Barnabé e a Paulo, que contavam quantos sinais e prodígios Deus fizera por meio deles entre os gentios. Depois que eles terminaram, falou Tiago, dizendo: Irmãos, atentai nas minhas palavras: expôs Simão como Deus, primeiramente, visitou os gentios, a fim de constituir dentre eles um povo para o seu nome. Conferem com isto as palavras dos profetas, como está escrito:Cumpridas estas coisas, voltarei e reedificarei o tabernáculo caído de Davi; e, levantando-o de suas ruínas, restaurá-lo-ei. Para que os demais homens busquem o Senhor, e também todos os gentios sobre os quais tem sido invocado o meu nome, diz o Senhor, que faz estas coisas conhecidas desde séculos. Pelo que, julgo eu, não devemos perturbar aqueles que, dentre os gentios, se convertem a Deus, mas escrever-lhes que se abstenham das contaminações dos ídolos, bem como das relações sexuais ilícitas, da carne de animais sufocados e do sangue. Porque Moisés tem, em cada cidade, desde tempos antigos, os que o pregam nas sinagogas, onde é lido todos os sábados. Então, pareceu bem aos apóstolos e aos presbíteros, com toda a igreja, tendo elegido homens dentre eles, enviá-los, juntamente com Paulo e Barnabé, a Antioquia: foram Judas, chamado Barsabás, e Silas, homens notáveis entre os irmãos.".
Neste, que o primeiro relato registrado de uma controvérsia que estava acontecendo na Igreja, notamos que Pedro fala por causa de sua experiência com Cornélio, em Cesaréia, como registrada em Atos 10. Contudo, inclusive entre os historiadores seculares, há um consenso de que Tiago (que não se sabe ao certo se era o irmão de Jesus ou outro), por causa da sua palavra, que é a última, teve uma proeminência maior nesta reunião do que o próprio Pedro. É óbvio que não foi a única, mas com certeza a mais determinante. A decisão de enviar outros apóstolos a Antioquia, com as novas da decisão da Assembléia de Jerusalém, foi tomada pela liderança e pela Igreja, num claro exemplo de solidez espiritual, característica que era compartilhada pelos cristãos fervorosos daqueles dias. Não observamos que Pedro sobressai-se em quaisquer destas passagens, a não ser dando o relato de seu testemunho.
Outro ponto importante para a discussão, do interessante artigo do ´G1´, é o posicionamento do Padre John Meier quanto ao fato de ele pensar que Mateus "retrojetou" [para usar um dos termos do artigo] a idéia de Igreja no discurso de Jesus de Mateus cap. 16, para justificar a existência da mesma, posteriormente. Isto é um pensamento caracteristicamente liberal e o nome desta idéia é "reflexo histórico". Portanto, para Meier, o que Mateus fez ao "retrojetar" a palavra "Igreja" no contexto de Mateus foi um "reflexo histórico", para autenticar a existência da Igreja. Para ele, muito provavelmente não foi histórica a profecia de Jesus de que "as portas do inferno não prevelecerão contra a Igreja". Este pensamento é perigoso pois coloca os textos do Novo Testamento exclusivamente pelo crivo da razão materialista, que pressuposicionalmente exclui os milagres. Não é de admirar que um clérigo tenha este tipo de posicionamento, hoje em dia. Daí o termo "liberal". Mas, desconstruir o Novo Testamento desta forma é, na verdade, criar um monstro indecifrável. Com que bases Meier descarta a profecia de Jesus como histórica, para reduzí-la a um mero "reflexo histórico"? E, se assim foi, o que no Novo e no Velho Testamentos pode ser considerado histórico ou "arranjado" pelos editores posteriores? Meier deveria saber que já há profuso material (manuscritos) próximos da época em questão, e com uma diversidade geográfica gigantesca, que praticamente impossibilitaria um acréscimo posterior sem que houvesse discrepâncias gritantes entre manuscritos, não somente nestas passagens mas em muitas outras. E pior: Subestima-se o fato de Mateus ter sido uma testemunha ocular dos eventos ocorridos em Mateus 16 e, desde o século II, afirma-se na Igreja que Mateus é o autor do evangelho que leva o seu nome. Ora, isto mostra que o Evangelho é consideravelmente mais antigo, e suas fontes, idem. Um acréscimo inescrupuloso como este seria facilmente verificado através da comparação de fontes e dos relatos orais, e não temos um só registro de qualquer tipo de discrepância nesta passagem de Mateus. Portanto, a conclusão mais lógica a que chegamos é que o relato deve ser visto como está escrito: no todo.


Em Cristo Jesus,


Pr. Artur Eduardo

quarta-feira, 25 de junho de 2008

A História do Movimento Carismático



Gary A. Gilley

O que teve início numa esquina, na virada do século 20, está agora predominando na Main Street. O que antes foi conhecido como Movimento Pentecostal, agora se divide em numerosos, diversos e interligados movimentos: Pentecostal, Carismático, Vineyard, Palavra da Fé, Riso Santo, etc.
Conquanto o Movimento Carismático tenha proliferado no século 20, idênticas “visões” e manifestações podem ser traçadas a certas ocasiões da história:
“Nos tempos antigos, a prática do falar em línguas (glossolalia) desconhecidas, durante um êxtase religioso, não era desconhecida. Desde o século 11 a.C., temos registros de linguagem extática, no Egito, e, mais tarde, no mundo grego, onde as profetisas Delphie e Sibiline falavam em línguas estranhas. Entre as religiões romanas de mistério, o culto a Dionísio ficou conhecido com esta prática.
Vários entre os antigos Pais da Igreja mencionam a glossolalia na igreja. Irineu e Tertuliano (200 d.C.) falaram favoravelmente sobre esse fenômeno. Crisóstomo (400 d.C.) o desaprovava, enquanto Agostinho (430 d.C.) declarou que esse dom fora confinado apenas aos tempos do Novo Testamento. O Movimento Montanista (final do século 2) incluía profetisas, aprovando revelações, glossolalia e uma visão ascética e legalista. Este movimento foi considerado herético pela igreja oficial e o falar em línguas parece ter sido raramente encontrado na igreja, depois desse tempo.
Durante a Idade Média, o falar em línguas foi registrado em alguns mosteiros da Igreja Ortodoxa. No século 17, ele parece ter sido praticado na França, entre os huguenotes (protestantes) e entre os jansenistas (católicos pietistas). No século 19, a glossolalia foi praticada na América, entre os “shakers” (Quakers) e os Mórmons. Na Escócia e em Londres, ele foi praticado entre os seguidores de Edward Irving, o qual o entendeu como sendo um derramamento final do Espírito Santo, numa “chuva serôdia” (latter rain), antes do retorno do Senhor” (Citação colhida na “Christian Theology”, de Erickson Millard, e no Evangelical Dictionary of Theology, de Walter Elwell, - “Montanists, Pentecostalism and Tongues Speaking In”.
Duas coisas diferentes podem vir à mente, quando se escuta o termo “carismático”. Alguns pensam em um grupo de pessoas famintas pelo Senhor, andando no poder do Espírito, espirituais na adoração, agressivas no evangelismo e abundantes no amor. Outros vêem os carismáticos como indivíduos orientados à experiência, imperialistas na aparência (achando que somente eles possuem o evangelho pleno), elitistas no posicionamento, descontraídos na adoração e afastados de um exato discernimento bíblico, o que depressa pode ser comprovado. O Movimento Carismático cresceu, rapidamente, e se tornou bastante diversificado. Por isso, seria perda de tempo colocar todos os seus desmembramentos sob o mesmo prisma. Contudo, a maioria dos críticos e carismáticos professos: Oral Roberts, Larry Lea, Earl Paulk, Dick Iverson, Kenneth Hagin, Kenneth Copeland, Bob Tilton e muitos outros, têm proclamado, hoje em dia, que o Movimento Carismático está acabando e que um novo “mover de Deus” está chegando. Bill Hammon, um dos modernos “profetas” reverenciados na comunidade carismática, afirma:
“A geração Joshua está no comando e o sacerdócio pastoral está conduzindo a presença restauradora da Arca de Deus, através do Jordão. A viagem do Movimento Carismático tem cumprido o seu propósito de conduzir a igreja de volta ao Rio Jordão. Agora, a nuvem, de dia, e a tocha, de noite, passaram e os ministros, profetas e apóstolos se levantaram, a fim de prover proteção, direção e horário para o objetivo de Sua igreja, ou seja, aí vem uma onda de proporções indiscernivelmente gigantescas - uma onda de milhares de pés de altura - a qual deixará perplexas a imaginação e a fé, tanto dos que, profeticamente, a vêem, como dos que têm ouvido a respeito dela, e que será maior do que a combinação de todos os movimentos anteriores combinados”. [N.T. - Esses visionários carismáticos usam e abusam do Velho Testamento, cujas promessas são exclusivamente dirigidas a Israel, espiritualizando o seu conteúdo, a fim de engodar os crentes, biblicamente iletrados, no afã de conseguir fama, fortuna e domínio espiritual].
O Movimento Carismático de Restauração, defendido pela maioria dos carismáticos de hoje, tem gerado uma tremenda pressão sobre os líderes carismáticos, a fim de que estes compareçam com novas revelações espirituais e verdades espirituais mais profundas. [N.T. - Parece que essa turma de visionários jamais se conscientizou do que Paulo diz em Gálatas 1:6-8 e do que Cristo diz em Apocalipse 22:18-19. Por isso, eles ficam inventando novas revelações e profecias, acrescentando lorotas à Verdade da Palavra de Deus, ignorando, também, o que Jesus declarou em João 10:35: “a Escritura não pode ser anulada”].
O cardápio teológico servido, atualmente, na maioria das igrejas carismáticas, está recheado de [novos pratos, isto é] idéias novas, de novos ensinos doutrinários e de práticas esdrúxulas.
Conquanto existam diferenças básicas entre os novos movimentos que explodem, continuamente, entre os carismáticos, sua visão teológica predominante (a restauração dos apóstolos e profetas, bem como a direção escatológica) é a mesma. Os novos carismáticos estão proclamando que um “novo mover sobrenatural do Espírito de Deus” está varrendo todo o globo terrestre. Esse mover será tão revolucionário que todo o curso da história humana será mudado. Mas, para que tão maravilhoso sonho seja realizado, a maioria das igrejas cristãs deve se unir nessa filosofia e “propósito”. Desse modo, um dos objetivos dos carismáticos de hoje é transformar os carismáticos, bem como os não carismáticos, em “novos carismáticos”. Em outras palavras, em carismáticos aderindo às novas idéias de restauração, num profundo desejo de que todos os cristãos cheguem a experimentar esse “novo mover” do Espírito Santo, a eles se unindo no esforço de transformar, sobrenaturalmente, o mundo”. [N.T. - Temos aqui a “igreja mundial” bem delineada, com a apostasia galopando sobre o planeta, a qual será confundida com um fenomenal reavivamento].
A maioria se refere a este excitante e novo desenvolvimento, que se expande pelo mundo inteiro, como “reconstrucionismo” ou “restauração pela chuva serôdia”. Eles acreditam que a história está se movendo para um clímax espiritual, quando o poder de Deus será derramado sobre toda a igreja, como jamais aconteceu antes. Os promotores dessa “restauração” acreditam que este poderá ser o último “mover de Deus”, quando a igreja será investida de novo poder, a fim de recristianizar o mundo, antes da volta de Jesus. E para que se realize esse grande objetivo reconstrucionista/dominionista, o ministério quíntuplo (segundo os carismáticos) precisa ser expandido, conforme Efésios 4:11 (com apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e mestres), e reconhecido pela igreja, dando espaço para que se exerçam os dons sobrenaturais e a autoridade por Deus ordenada.
Alguns movimentos reconstrucionistas contemporâneos, sob a égide dos novos carismáticos, são: a Teologia do Reino, popularizada pelo nebuloso bispo Earl Paulk; [N.T. - o qual está sendo processado por estupro, segundo notícias na Internet, como um “vívido exemplo da santificação da igreja emergente”]; o Movimento da Confissão Positiva Palavra da Fé, liderado [nos Estados Unidos] por Kenneth Hagin (já falecido), Kenneth Copeland; Movimento da Terceira Onda de Sinais e Maravilhas, popularizado pelo controverso “Vineyard”, fundado pelo falecido John Wimber. O elo comum entre esses grupos é o “mover sobrenatural de Deus”, através de “sinais e maravilhas”, a restauração do Cristianismo do primeiro século da igreja, antes da volta de Jesus, com o desempenho do papel chave dos novos apóstolos e profetas, para que se realize esse processo.
Para se entender os novos desenvolvimentos e ensinos que se expandem no mundo carismático, faz-se necessário retroceder na história, a fim de se examinar alguns dos movimentos mais duradouros do século 20, começando pelo Pentecostal. Ao traçarmos a origem desses movimentos, teremos uma visão mais ampla de como se originaram os seus ensinos e de como estes se desenvolveram através dos anos e, ainda, por que certas doutrinas carismáticas têm sido tão fortemente enfatizadas, nos dias de hoje.

A Explosão Pentecostal - O reavivamento da Rua Azuza, de 1906-1913, foi o sinal de partida para a renovação pentecostal, no mundo. A principal característica desse derramamento pentecostal foi o “batismo no Espírito Santo”, uma experiência (segundo eles) subseqüente à salvação, o qual seria evidenciado pelo falar em línguas. Foi essa a jóia restauradora da coroa do chamado “Novo Pentecoste”. Entretanto, houve alguns flashes espirituais que precederam Azuza, os quais prepararam o palco para esse evento.
No dia 01/01/1901 [N.T. - Por coincidência, na semana em que aconteceu a edição da primeira Bíblia corrompida, embasada no Novo Testamento Grego de Westcott e Hort], em Topeka, Kansas, Agnes Ozman, uma estudante na Charles Penham’s Bethel Bible School, começou a falar em línguas. Pouco tempo depois, o próprio Penham teve a mesma experiência e, a partir daí, pregou que todos os crentes, que buscassem, diligentemente, a experiência do falar em línguas, seriam recipientes de bênçãos. Muita gente reconhece Penham como o fundador do Movimento Pentecostal.
Penham, um ávido pregador da santificação, fora educado numa cultura de experiência religiosa. Em sua busca por algo mais, as línguas vieram ao encontro dessa ávida busca. Em 1905, um zeloso pregador negro da santificação chamado J. Seymour, chegou a Alvin, algumas milhas ao sul de Houston (Texas), sob o patrocínio de Penham. Não demorou muito para que Seymour recebesse o “dom de línguas” e levasse a mensagem pentecostal até Azuza, em Los Angeles. Conquanto tivessem acontecido lampejos espirituais anteriores ao que aconteceu em Azuza, foi ali que a chama foi alimentada e começou a se espalhar pelo mundo. Depois que Penham e Seymour tiveram essa experiência em línguas, eles começaram a desenvolver um ambicioso esforço, no sentido de propagar o que eles acreditavam ser uma restauração miraculosa da doutrina apostólica: o “batismo no Espírito Santo”, evidenciado pelo falar em línguas. Penham ensinava que a volta de Cristo iria acontecer na trilha de um reavivamento mundial, com a “chuva serôdia”, na qual o Espírito Santo iria restaurar os dons miraculosos, gerando, assim, uma abundante colheita, no final dos tempos. A esperança da “chuva serôdia” feneceu em 1920, quando o Pentecostalismo adotou certas visões do dispensacionalismo. Mesmo assim, o Pentecostalismo permaneceu como um clássico movimento de reconstrução, apresentando novos e variados movimentos carismáticos, os quais vêem a igreja voltando às glórias do tempo do Novo Testamento. A restauração clássica objetiva do Pentecostalismo, a qual, supostamente, trouxe uma fase de maior realidade espiritual, foi o “batismo no Espírito Santo”, evidenciado pelo falar em línguas.

O Resgate Neopentecostal do Reavivamento - Um dos fenômenos mais notáveis, embora controverso, de uma poderosa emergência dentro do Pentecostalismo foi o da Doutrina e Ministério da Cura Divina. A partir da segunda metade do século 19, a prática da cura já existia na América. Contudo, para fortalecer o Pentecostalismo, alguns evangelistas independentes trouxeram uma nova ênfase à arena da cura divina, a qual, depressa, iria atrair uma adesão popular. A significação do reavivamento (cura das enfermidades) atingiu o clímax entre 1947 e 1958, com a exclusividade de popularizar um conceito de salvação, que incluía a cura como parte essencial da libertação do crente [Numa errônea interpretação de Isaías 53:4-5].
A religião pentecostal continuou atingindo o globo, nos anos 1930, e nos meados dos anos 1940, quando a carreira de alguns evangelistas independentes cresceu. Houve uma nova ênfase sobre os milagres. O “batismo no Espírito Santo” ainda era pregado, mas não como o foco principal das reuniões de reavivamento. O unânime pulsar dos corações, em cada culto, era a hora dos milagres - o momento hipnotizador, no qual o “Espírito se movia”, para curar os enfermos e ressuscitar os mortos.
Denominações pentecostais, tais como as Assembléias de Deus, não favoreceram o reavivamento e passaram a considerar os evangelistas da libertação como “extremistas independentes”. Os líderes pentecostais se desgostaram com a falta de integridade entre os reavivalistas, os quais, freqüentemente, faziam declarações marcadas por absurdos exageros. A exibição de supostos milagres havia se tornado tão ostensiva que as reuniões de reavivamento se transformaram em verdadeiros “cultos à personalidade”. O historiador David Harvell cita um líder pentecostal dizendo:
“Os evangelistas da cura vivem em constante diálogo com os anjos e os demônios; com o Espírito Santo e com os espíritos abissais, causadores das enfermidades. Alguns de nós experimentamos correntes elétricas nos percorrendo as mãos, quando estamos orando pelos enfermos, enquanto outros apresentam um halo sobre suas cabeças, quando são fotografados, e outros ainda apresentam óleo nas mãos, quando estão orando”. [N.T. - Essa turma gosta de exibir uma boa dose de ocultismo, hem?].
Muitos tele-evangelistas atuais costumam adotar um estilo melosamente dramático nas orações, imitando os reavivalistas do século 20.

O Movimento Latter Rain (Chuva Serôdia) - Os três pioneiros à frente do Movimento de Libertação foram: William Branham, Oral Roberts e Gordon Lindsay. Estes homens tinham personalidades notavelmente diferentes. Contudo, inquestionavelmente, formaram o combustível que alimentou o fogo do reavivamento. Branham acendeu a chama, instigando as multidões, com aparentes milagres e habilidade profética. Roberts foi o popularizador da tocante mensagem de que Deus é bom e deseja que o Seu povo seja próspero e saudável. Ele foi o primeiro evangelista a levar as cruzadas de cura para dentro dos lares de milhões de pessoas (as quais jamais haviam escutado mensagens de cura), quando iniciou um programa semanal nacional de TV. Os ensinos de Branham influenciaram, profundamente, uma nova seita brotando do reavivamento neopentecostal, conhecida como uma “New Order of The Latter Rain” (Nova Ordem da Chuva Serôdia). Ele organizou também os pensamentos e as práticas de muitos pentecostais de escol.
O Movimento Latter Rain foi uma união, relapsamente organizada, de entusiásticos beligerantes, em ferrenha oposição às denominações principais. Este Movimento criou disputas dentro das denominações pentecostais, como as Assembléias de Deus, por exemplo, vangloriando-se de ser uma nova demonstração de reavivamento contra os pentecostais “apóstatas”.
Embora o seu impacto tenha sido em pequena escala, seus efeitos foram sentidos no mundo inteiro e ele se tornou um dos vários catalizadores do Movimento Carismático dos anos 1960 - o Movimento Carismático Independente (da Confissão Positiva da Palavra da Fé) dos anos 1970, e do surgimento dos Novos Carismáticos dos anos 1980-1990. Reagindo contra a frigidez espiritual existente nos círculos pentecostais, a Nova Ordem da Chuva Serôdia passou a se considerar um refrescante oásis de retorno ao “Evangelho Pleno”, da igreja do primeiro século.
O sistema doutrinário do Latter Rain inclui o “batismo no Espírito Santo” (do Pentecostalismo), evidenciado pelo falar em línguas, e por um novo reavivamento de libertação pentecostal, com uma explosão de curas milagrosas. Contudo, este movimento febril teve também suas próprias características. Foram estes, principalmente os ensinos que modelaram o Movimento Latter Rain:
1. - Restauração - O desenvolvimento da Teologia da Restauração visualizava Deus como restaurando, progressivamente, as verdades da igreja, a partir da Reforma.
2. - Ministério Quíntuplo - O ensino de que Deus está restaurando o ministério dos apóstolos e profetas à igreja, junto com os outros três ofícios: evangelistas, pastores e mestres (Efésios 4:11). Segundo eles, os apóstolos e profetas proverão novas revelações, as quais irão desempenhar um papel importante na pavimentação para a segunda vinda de Cristo.
3. - Imposição de Mãos – Ritual executado pelos apóstolos e profetas modernos, compartilhando o Espírito Santo e outras bênçãos e dons espirituais.
4. - Profecia - Com visões de exortações, incluindo detalhes pessoais, para orientação e instrução pessoal, sendo restaurada na igreja.
5. - Retomada da verdadeira adoração - não ficando restrita a palavras generalizadas, com a crença de que a manifestação da presença de Deus depende de determinado tipo de oração, envolvendo: cantar em línguas, bater palmas, gritar, fazer profecias cantadas, com uma nova ordem de louvor, em coreografia.
6. - Imortalidade dos santos - A crença de que os crentes que se movem dentro da verdade da restauração do Latter Rain, mas não necessariamente toda a igreja, atingirão o estado imortal, antes da volta de Jesus.
7. - Unidade da Fé - A doutrina de que a igreja, normalmente, quando perceber a si mesma como sendo um ajuntamento de vencedores, nas fileiras neopentecostais, atingirá a unidade da fé, antes de Cristo voltar.

Os Carismáticos Antigos - Muitos historiadores datam o início do Movimento Carismático em 03/04/1960. Neste dia, o Padre Dennis Bennett, da paróquia episcopal de São Marcos, em Van Nuis , Califórnia, anunciou à sua congregação que havia recebido a plenitude e o poder do Espírito Santo, fenômeno que veio acompanhado pelo “falar em línguas estranhas”. Após ter recebido muita oposição, Bennet renunciou ao seu cargo em São Marcos e aceitou o convite para ser vigário na Igreja Episcopal de São Lucas, em Seattle, Washington, a qual veio a se tornar uma das igrejas carismáticas mais fortes no Noroeste [do país]. Durante uma década, ela foi um dos centros principais de onde o falar em línguas iria se espalhar pelo mundo inteiro, especialmente nas denominações principais.
A importância do Movimento Carismático reside na penetração das “línguas do Pentecoste” nas denominações mais importantes. Isto criou uma nova abertura à completa linha dos dons espirituais listados na 1 Coríntios 12:8-10 (sabedoria, conhecimento, fé, cura, milagres, profecia, discernimento de espíritos, línguas e interpretação de línguas), os quais jamais haviam penetrado antes, ali. Certamente, nem todas as igrejas das denominações principais apoiaram esse novo Movimento, mas milhares de pessoas - dentro das igrejas mais importantes - estavam experimentando o falar em línguas e outras manifestações espirituais. Isto alimentou uma forte convicção de que todos os sinais e dons sobrenaturais (como línguas, curas, milagres, e em alguns casos, profecia) seriam para os dias de hoje. Embora os derramamentos carismáticos continuassem a se espalhar pelas igrejas principais, muitos líderes denominacionais abandonaram as igrejas tradicionais, para iniciar igrejas independentes, tendo ficado sob a influência dos ensinos da Confissão Positiva da Palavra da Fé, propagados pelos carismáticos independentes, tais como: Kenneth Hagin, Kenneth Copeland, Charles Capps e outros. Sua ênfase principal foi o ensino da fé, da cura divina e da prosperidade financeira. O ensino dizia que os crentes que, consistentemente, faziam confissão positiva sobre a sua situação física e espiritual, demonstrando grande fé, iriam receber abundantes graças de Deus.
O principal movimento militante gerado no Movimento Carismático foi o dos “Manifestos Filhos de Deus”. Esta aberração copiou muitos dos seus ensinos doutrinários do Movimento Later Rain, tendo prevalecido durante os anos de 1960 e 1970. Seguindo os ensinos de William Branham, os Manifestos Filhos de Deus afirmavam que as denominações eram organizações fundamentadas na Babilônia. Muitos dos que quebraram seus vínculos denominacionais e se juntaram aos Manifestos Filhos de Deus acreditavam estar entrando na única arena onde a salvação seria possível. Os mais ardorosos entre os Manifestos Filhos de Deus espiritualizaram a segunda vinda de Jesus, ensinando que Ele e Sua igreja iriam se tornar um, em natureza e essência. Tronando-se uma com Cristo, isso resultaria em um Corpo , o “Pequeno Cristo na carne”, manifestando Jesus na Terra, através de uma contínua encarnação.
Outro Movimento que se levantou, enquanto o Movimento Carismático ia se tornando conhecido, foi o do “Apascentamento e Discipulado”. Este Movimento cresceu a partir da tradição Latter Rain/Carismática e teve o seu ímpeto maior, nos anos 1970. O “Apascentamento” partiu de uma preocupação pelo discipulado efetivo, colocando uma grande ênfase na necessidade de submissão aos líderes espirituais. Este é um sistema opressor, no qual uma pessoa considerada imatura se submete à liderança de um “ancião”. Os anciãos (apascentadores) são sempre nomeados, do mesmo modo como acontece em outras hierarquias, com alguns se submetendo a outros, que estão em posição superior, na cadeia do comando. Uma disciplina completa é exigida dos que se submetem a um “ancião”. A liderança é absoluta, estendendo-se até mesmo à vida familiar do “apascentado”. Deixar de obedecer ao “ancião”, pode levar à repreensão, à condenação verbal e, em último caso, até mesmo à exclusão da comunhão. Este sistema, tão ostensivamente antibíblico, acontece quando uma pessoa se submete inteiramente a outra, que faz o papel de “apascentador” ou “ancião”.
O Movimento se originou no ministério dos cinco mestres de Fort Lauderdale, Flórida: Bob Mumford, Charles Simpson, Derek Prince, Don Basham e Ern Baxter (este, discípulo de Branham). Nos passados anos 70 o Movimento de “Apascentamento” causou uma grande ruptura nos círculos carismáticos, por causa do estrito controle que muitos “apascentadores” exerciam sobre os membros. Em meados dos anos 1980, o termo “Apascentamento” foi posto de lado, depois que o Movimento ganhou má reputação, por causa dos seus abusos sectários. Mesmo assim, o conceito de “Apascentamento” ainda prevalece em vários círculos, hoje em dia (por exemplo, no Movimento Promise Keepers), sob novos rótulos, tais como “monitoração”, “cobertura” ou “pactos de relacionamentos”.
O crescimento do Movimento Carismático e de outros movimentos semelhantes que eclodiram, a partir dos anos 1960 e 1970, colocou ênfase maior na experiência subjetiva do que na verdade bíblica, e, portanto, abriu uma “Caixa de Pandora” no mundo cristão. O Movimento Carismático tem sido prejudicial à igreja, por ter aberto muitas portas à sempre presente influência de experiências e de idéias não bíblicas. Isso se torna evidente quando se examinam os perigos das novas tendências que têm varrido, ultimamente, a comunidade carismática.

(Porções deste registro foram resumidas e/ou adaptadas por Garry Gilley, Pastor da Southern View Chapel, Springfield, Illinois, do artigo “The New Charismatics”, de Michael G. Moriarty, “Biblical Perspectives”, Vol. IV, No. 3, Maio/Junho de 1991. Este registro foi resumido e/ou adaptado pelo Biblical Discerment Ministries, de um artigo “The History of the Charismatics”, na obra do Pastor Gary Gilley, de Março de 1999, “Think on These Things”- - 8/00).

“The History of the Charismatic Movement”, Pr. Gary A. Gilley.
Traduzido por Mary Schultze, em 21/06/2008
www.cpr.org.br/Maty.htm